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Berbere: café, cerveja e comida árabe

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“A comida sem tempero é como a vida sem paixão: não tem sabor e desconhece-se o prazer”. Essa frase aparece estampada no Instagram do Berbere. Na mesma mídia social eu vi as fotos dos pratos do restaurante, que sempre são acompanhadas da estatueta de um simpático camelo-árabe, o Farah, e daí surgiu a vontade de conhecer este espaço recentemente inaugurado. Por lá soube que as proprietárias Dy Eiterer e Priscila Isa eram amigas de longa data e seguiam suas carreiras profissionais, cada uma para seu lado. Mas como diz a música Maktub: “Já estava escrito”, e então elas se reencontraram e surgiu a ideia deste projeto. Foram essas competentes e batalhadoras mulheres que desenharam este aconchegante restaurante, pensado em ofertar desde um almoço equilibrado, quanto comidas árabes, petiscos de buteco, cervejas artesanais e cafés em várias receitas e com muita qualidade.

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Por lá o ambiente remete ao universo árabe, aliás, vou explicar aqui a origem do nome: os Berberes são um dos povos mais antigos do continente africano e muitos habitam atualmente o Marrocos, ao norte da África. As referências estão espalhadas pela decoração, aliás, o Berbere traz em suas paredes pinceladas fortes e movimentadas, como as areias do Magreb e a multicoloridas alcatifas enfeitam e alegram ainda mais o lugar.

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Mas vamos falar da comida!

Experimentei alguns dos pratos da casa, seguindo a sugestão das meninas. O detalhe é que as receitas apresentadas são sempre muito bem explicadas, afinal, nem todos estão habituados à culinária daquela região. Conheçam alguns pratos servidos com a descrição da Dy, aqui com mais riqueza de detalhes ainda: Arroz com damasco, nozes e mel: prato sem origem definida no mundo árabe com variações libanesas e marroquinas. Foi servido acompanhado de almôndegas com dib (molho de romã): com origem persa, as almôndegas recebem o dib, que é muito popular entre os libaneses; Fatoush: Salada típica da Síria e do Líbano.

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Charuto de repolho (yabrak): originário do Oriente médio chegou ao Brasil pelos imigrantes. Chancliche: Queijo árabe, com origem na Síria e no Líbano, nesse prato envolto em Sumak, tempero turco incorporado em todo o Oriente Médio (uma das especiarias mais caras do mundo) e Kafta: espetinho de carne moída, com origem aparentemente persa e incorporada pelo mundo árabe, marcada pelas especiarias harmonizadas com hortelã.

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O cardápio é muito variado. Tem até petisco de boteco, mas com toque árabe: jiló recheado com presunto, queijo e linguiça feita na chapa com za’atar. Por isso vai aqui minha sugestão: aproveite o rodízio de comidinhas árabes! Às quartas- feiras (ou em qualquer outro dia desde que reservado antecipadamente) é possível comer vários tipos de petiscos e itens do cardápio em pequenas porções que descem melhor ainda com um bom chope. Aliás, tá aí outro ponto positivo da casa: o chope escolhido como parceiro do Berbere foi o da Cervejaria Arcana! Eu achei ótima a oportunidade de tomar, mais uma vez, os excelentes chopes Pilsen e Red Ale que desceram redondinhos com as receitas árabes da casa. A leveza do chope Arcana Pilsen foi a opção perfeita para acompanhar o arroz de damasco com a saladinha e almondegas com dib. Já o Red Ale, nomeado Fireball pela sua potência e aroma maltado, caiu como uma luva na harmonização com a kafta com hortelã e especiarias. Ficou perfeito também com o Chancliche e o intenso, cítrico e saboroso Sumak. Arcana: taí mais um bom motivo para ficar um bom tempo aproveitando o lugar. Aliás, um bom chope Arcana acompanhado de um petisco árabe é uma boa pedida pro happy hour por ali, não é verdade?

E por lá encontra-se também ampla variedade de cafés. Tradicionais, frapês, smoothies e ainda receitas exóticas e criações próprias. Todas com o café que também vai levar a chancela Berbere. Feito a partir de grãos arábica, ele tem variações com canela e cardamomo. Seu aroma refinado toma conta do ambiente e é uma excelente pedida para finalizar as refeições ou para uma parada à tarde por lá. Eu vou deixar aqui minha sugestão: vá de Mazagran! Café coado com suco de limão siciliano, rum, água (com ou sem gás) e gelo de café. Essa receita era tradicional no século XI na Argélia, região do Magreb, e foi adaptada e muito consumida em Portugal. Ou, quem sabe, um “Tango em Zagreb”, que leva café expresso com geléia artesanal de maracujá, mel, gengibre, suco de maracujá, sorvete de creme, rum e chantilly.

Com tantas variedades de receitas, temperos, sabores e aromas, o Berbere é uma opção certeira na hora de comer uma autêntica e caprichada comida árabe em nossa cidade. Gostou? Então, vamos Juntos?!

Fotos: Airton Soares e Arcana (Divulgação)

Avenida Presidente Itamar Franco, 888 – Centro

Telefones: 3029-2919 e 99147-6437

Seg a Sab 11h às 22h

 

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