Tem global torcendo o nariz pra comida que, num bom botequim, daria briga mesmo é para poder entrar no bar e ser o primeiro a ser servido. Dos meus amigos, garanto que nenhum deles ia se preocupar se tivesse que entrar em uma casa supervigiada só pra isso.
Uma boa rabada, preparada com paciência e cuidado, tem seu fã clube pronto pra votar pela permanência dela no cardápio. Uma moelinha cozida na pressão e regada ao molho de tomate pode até dar briga e discussão, mas só se não tiver um pão francês pra afundar no molho e limpar o prato no final. O mesmo vale para uma boa dobradinha. Quem aí shipa essa dupla também?
E o fígado? Se o Sr. Abílio entrar no reality comigo, eu já teria um best friend pra toda a edição do programa. E o prato poderia ser servido acebolado, com jiló ou sem. De todo jeito ele seria o campeão dos petiscos e passaria ileso em qualquer paredão botequeiro.
Muita comida boa tem sido comentada como não sendo “aquilo tudo” nos sites de fofocas, nas conversas paralelas e em intrigas, inimagináveis para um balcão de botequim. Que essas dúvidas fiquem nas telas então, porque a grande verdade é que a comida BBB – boa, bonita e barata – já ganhou o paladar dos frequentadores dos botequins há muitos anos e agora merece ser valorizada.
Na real? Se colocarem os meus parças num reality show ao vivo e transmitido pra todo mundo assistir, te garanto que fome nós não passaremos. Pelo contrário, vai é ser difícil tirar a gente lá de dentro: se tiver comida boa não saio nem com Paulo Ricardo gritando “Hey brothers, hey sisters”. Talvez – e que fique em evidência esse “talvez” – nem por uma milhão e meio de dinheiros eu largue essa xepa. E você? Topa entrar num reality de botequim também? Se a resposta for sim, vamos juntos, pois sairemos vencedores e de barriga cheia.