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No carnaval de 2017, a economia dança menos

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O carnaval é a maior festa popular brasileira e gera uma enorme movimentação de recursos, com a venda e confecção de roupas e fantasias; patrocínios publicitários; hotelaria; alimentação e bebidas; locação de veículos e transportes aéreo e rodoviário. Em 2017, espera-se que o volume de recursos a serem movimentados seja 5,7% menor que no ano passado; se descontada a inflação, a queda chegará a 8,6%.

 
As atividades turísticas ligadas ao evento devem movimentar aproximadamente R$ 5,8 bilhões, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Os serviços de alimentação em bares e restaurantes vão responder por 57,3% da receita, o equivalente a R$ 3,31 bilhões. O transporte rodoviário movimentará em torno de R$ 977,9 milhões e os serviços de alojamento em hotéis e pousadas, R$ 652,5 milhões. O setor de bares e restaurantes podem responder por mais de 85% da receita total. O Rio de Janeiro é o estado que deve ter a maior movimentação de recursos, com expectativa de circulação de R$ 2,4 bilhões, seguido de São Paulo, com R$ 1,5 bilhão. Juntos, os dois estados devem concentrar 68,2% da receita do setor no período. Destacam-se também as movimentações em Minas Gerais (R$ 332,7 milhões) e em três estados da região Nordeste: Bahia (R$ 308,7 milhões), Ceará (R$ 140,3 milhões) e Pernambuco (R$ 131,4 milhões).

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A Associação Comercial de São Paulo não está tão otimista em relação às vendas com a festa, já que o consumo no varejo retraiu em média 5% em janeiro (em relação ao mesmo mês do ano passado), com recuos de 3,8% e de 6,2% nas vendas a prazo e à vista, respectivamente. Segundo o presidente da associação, o varejo paulistano teve retração média de 8,7% em 2016. Com a continuidade do processo de redução da taxa de juros, o varejo deve melhorar gradativamente nos próximos anos e desacelerar essa queda no balanço. Na contramão, os lojistas da Rua 25 de Março – maior centro de comércio de rua da América Latina e um dos principais pontos turísticos da capital paulista – avaliam que, pelo fato do carnaval nesse ano ocorrer no final do mês (entre os dias 25 e 28/02), pode haver um aumento nas vendas inferior ao desejável, mas ainda de 10% a 12%.

 
Maior símbolo do Brasil no imaginário internacional, o carnaval passou os últimos dois anos um tanto quanto ofuscado, na mídia estrangeira, pela crise política e econômica e pelas epidemias (dengue, zika, entre outras). Em 2017, entretanto, o noticiário relacionado aos festejos já começa a parecer um pouco mais otimista, contribuindo para uma maior atração de turistas estrangeiros e assim reaquecendo o movimento turístico-econômico.

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