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Agropecuária: semeando empregos

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É notório o papel de destaque que o setor agropecuário apresenta na economia brasileira. É uma das primeiras atividades econômicas existentes e determinante no desenvolvimento das regiões interiores do país. Segundo dados de março desse ano, divulgados pelo IBGE, o Brasil contava com mais de 14,176 milhões de desempregados. Um número preocupante. Porém, não para o setor agropecuário, que registrou números positivos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em maio.

Os dados de maio do Caged na pesquisa sobre o Nível de Emprego Formal Celetista evidenciaram que a agropecuária apareceu em destaque, seguida de longe pelos setores de serviços, indústria de transformação e administração pública. Para parâmetros de comparação, os 46.049 postos de trabalho gerados pela agropecuária ficaram à frente dos 1.989 novos postos do setor de serviços.

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De acordo com os dados divulgados, a agropecuária vem salvando as vagas de emprego de 2017. Com exceção de março, que apresentou um saldo negativo, o setor apresentou saldos positivos nos meses anteriores. Somente em abril foram criadas 14.648 novas vagas, fazendo com que o salto para maio (46.049 vagas) fosse de 2,95%. Os cultivos de soja, cana-de-açúcar, café e laranja foram determinantes nos resultados. No mês de maio, os destaques ficaram para o cultivo do café, que gerou sozinho 25.258 novos postos de trabalho, e para o cultivo da laranja, responsável por 11.590 novos postos. Somente esses dois cultivos geraram cerca de 80% do total de vagas criadas no segmento agropecuário.

Os resultados positivos obtidos pelo setor agropecuário não são impulsionados somente pela demanda interna. Demandas externas, como a da China, fazem com que os produtores também visem o mercado internacional. Até junho deste ano, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) registrou mais de US$ 19 bilhões com a exportação da soja e seus derivados, sendo o grupo de produtos com o maior valor exportado até o momento, superando outros grupos de peso como o petróleo (e seus derivados) e os minérios metalúrgicos. Os dados revelam que, mesmo em tempos de vacas magras, o setor se mantém fértil e capaz de semear empregos.

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