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Como terminou a confiança dos empresários brasileiros em 2022?

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Mensalmente, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV IBRE) divulga seu Índice de Confiança Empresarial (ICE), que agrega dados de confiança dos empresários de quatro setores: Indústria de Transformação, Serviços, Comércio e Construção. Em sua composição, o ICE reúne os subíndices de Situação Atual Empresarial (ISA-E) e de Expectativas Empresariais (IE-E), que representam, respectivamente, as percepções em relação ao momento atual e o grau de otimismo no futuro próximo (três e seis meses). Assim, a publicação do ICE de dezembro de 2022, além de apresentar os indicadores de confiança e incerteza dos empresários no último mês do ano, também apresenta as expectativas empresariais para os primeiros meses de 2023, no contexto da mudança de gestão na Presidência da República.

Conforme o relatório, o ICE de dezembro de 2022 registrou uma queda de 0,8 ponto, em relação ao mês anterior, chegando a 90,7 pontos – o menor patamar desde abril de 2021. Comparando com os meses anteriores, nota-se que essa foi a terceira queda consecutiva, já que em novembro e outubro o índice havia registrado quedas de 0,3 e 0,4 ponto, respectivamente. Quando comparado com o mesmo período de 2021, o ICE de dezembro de 2022 teve uma queda de 3,4 pontos. Além da perda no último ano, no geral, ser mais intensa do que em 2021, ela é também a mais forte desde 2015. Em relação aos índices setoriais, também é possível perceber um desempenho negativo para o ICE, com quedas de confiança nos ramos de construção (-0,3 ponto) e de serviços (-1,5 ponto), enquanto o comércio manteve-se estável e a indústria registrou uma alta de 1,2 ponto.

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Sobre as expectativas futuras dos empresários, elas seguem incertas, conforme revelado pelo IE-E. O indicador, que mede as expectativas dos empresários em relação à economia nos próximos seis meses, caiu 1,1 ponto em janeiro, em relação ao mês anterior, atingindo 98,2 pontos, o menor patamar desde agosto de 2020. A queda foi sentida em todos os setores, com exceção da indústria, onde o índice subiu 0,8 ponto. Esse resultado sugere que os empresários de alguns ramos continuam preocupados com as incertezas econômicas e políticas do país e do contexto mundial, e não esperam melhorias significativas nos próximos meses. No curto prazo, isso pode ter impacto negativo no crescimento econômico e no emprego, e os analistas esperam que as autoridades econômicas adotem medidas para melhorar a confiança empresarial.

A falta de previsibilidade na política econômica e incertezas fiscais e tributárias podem ser apontadas como possíveis causas para essa queda na confiança empresarial. Diante disso, é importante que o próximo governo tome medidas para trazer estabilidade e previsibilidade a essas áreas, buscando restaurar a confiança dos empresários e, consequentemente, impulsionar a economia.

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Por Ítalo Bellozi, Angélica Raminelly, Lucas Leão e Weslem Faria

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