Fala Quem Sabe
Juiz de Fora, nossa casa
Pela passagem dos 171 anos de Juiz de Fora, comemorados nesta segunda-feira, dia 31, em meio a mais uma temporada pandêmica, torna-se difícil pensar em festividades, haja vista termos perdido tantas vidas para o Covid-19. Entretanto, o sentido de “comemorar” é “trazer à lembrança, recordar, memorar”. Assim, apesar deste momento de dor, luto e medo, tenhamos, vívida, as recordações, até as mais recentes, da cidade antes da pandemia, em normalidade, para projetarmos o resgate do futuro. Ou seria o resgate do passado?
“Lar é onde o coração está.” É assim que a cidade se torna o lugar no mundo de centenas de milhares de pessoas ao longo das décadas. E ela é de muitos: de acordo com o IBGE, somos mais de meio milhão de habitantes pelo último Censo, porém, tantos corações que estão em outros lugares também batem forte pela cidade – esta que sempre acolheu pessoas de todo país, além de imigrantes estrangeiros, ajudando a formar o DNA da nossa diversidade cultural e étnica.
Lembremos deste nosso lar, em prece por todos, e com esperança de que tudo se recupere. Até lá, vale a pena comemorá-la, rememorá-la, recordar os feitos de seus. Ela é a nossa vida, nossa história. Cidade das galerias, do relevo montanhoso, do comércio e serviços como cidade polo, sempre tão imprevisível no clima, sempre cheia de cultura, história, dinamismo e aconchego. Aqui se compartilham conhecimento e experiências. E são tantas vocações! Indústria, serviços, educação, pesquisa, saúde, esporte, gastronomia, eventos, hotelaria e turismo. Com sua localização geográfica privilegiada e infraestrutura, a cidade sempre atraiu empresas, profissionais e pessoas em busca de qualidade de vida. Junto a isso, preserva e promove tradições religiosas e manifestações culturais, sem deixar de estar na vanguarda da música, da moda, da fotografia, da comunicação e da arte.
Parabéns, Juiz de Fora! Desejo saúde e esperança de dias de glória a todos os seus!
(Neuza de Oliveira Marsicano é professora, atleta e leitora convidada)