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Larissa Bracher: 20 anos de dedicação à arte

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Larissa Bracher

PAPO DE DOMINGO

Larissa Bracher

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20 anos de dedicação à arte

Nascida em Juiz de Fora, Larissa Bracher foi morar em Ouro Preto quando tinha apenas 15 dias. Filha dos premiados artistas Fani e Carlos Bracher, ela graduou-se na primeira turma do curso de artes cênicas da UFOP, (onde também estudou filosofia), em 1997.

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Ainda jovem, mas muito determinada, fez vários cursos e oficinas de interpretação. Sua estreia no teatro foi em 1996, em uma peça de Brecht, sob a direção do mineiro Wilson Oliveira. Um ano depois, mudou-se para o Rio (onde mora até hoje) e foi contratada para a oficina de atores da TV Globo. No extenso currículo, destaque para o prêmio de melhor atriz nos filmes “A Antropóloga” (no Festival de Cinema de Blumenau) e em “Os Filhos de Nelson” (nos festivais de Miami e Recife).

A atriz juiz-forana é casada com o cantor e compositor Paulinho Moska, com quem tem um filho de sete anos, o Valetim. Além disso, ela divide seu tempo como ‘life coach’ e seu último trabalho foi na novela global “Novo Mundo”.

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CR – Como foi o interesse pela carreira de atriz?

Larissa Bracher – “Comecei gostando primeiro do pessoal do teatro e pensei: “uau, achei minha turma…”. Para minha sorte, abriram uma excelente faculdade de teatro em Ouro Preto, com professores renomados. Fui agraciada pelo contágio do amor pelo teatro através deles”.

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– Você vem de uma família de artistas, isso a influenciou?

“Com certeza. Apesar de não ter convivido com a única atriz da família (a Elvira Bracher, codinome Léa Delba), a arte foi um caminho aberto em nossa casa. Meus pais sempre analisavam o trabalho de outros e nos levava (eu e minha irmã Blima – cronista e documentarista) para temporadas culturais no Rio, Belo Horizonte e São Paulo”.

– Após 20 anos do primeiro contrato com a Globo, como você avalia sua carreira?

“Sou abençoada por fazer o que gosto e por estar cercada de pessoas que admiro. Minha carreira foi muito batalhada. Aprendi a celebrar as vitórias e não tombar com as experiências dolorosas”.

– Neste período, quais os momentos marcantes?

“Em 20 anos? Nossa, muitos. Já tive muita saudade dos meus pais, já estive a um passo de desistir de tudo, já pensei que a vida estava ganha… Mas vou escolher o momento em que me formei como ‘coach’ e passei a preparar elenco, com uma técnica que desenvolvi dia a dia. Isso mudou minha vida”.

– Do que você tem orgulho?

“De ter saído de Ouro Preto para o Rio com 18 anos. Sozinha, sem ter contato com ninguém da área de teatro. Me emociono quando olho para trás e vejo quanto fui guerreira e equilibrada. Aqui fiz grandes amigos, produzi seis grandes projetos (peças de teatro e a exposição do meu pai nos quatro CCBB´s), construí minha carreira com honestidade, casei e tive filho. Enfim, sou orgulhosa da criança sonhadora e da adolescente batalhadora que fui e guardo dentro de mim”.

– O que é preciso para ser uma boa atriz?

“Compreender que o conceito de bom e mal varia com o tempo. Talvez o Lawrence Olivier hoje, fosse considerado canastrão. A interpretação está cada vez mais trabalhando com a vida pessoal do ator. Com as emoções verdadeiras, com sua memória emotiva. A naturalidade está sendo cada vez mais um ponto forte. Acredito que o bom ator é um excelente observador dos outros e de suas próprias emoções. Sem falar, claro, da condução ética de cada ator. Não adianta ser ótimo no palco e na coxia humilhar a camareira. Penso muito no ator gestaltico”.

– Você imaginava que a sua personagem faria tanto sucesso na novela “Novo mundo”?

“Não. Fui chamada para fazer uma participação de apenas três meses. Era para a Benedita de Castro terminar com o tiro na carruagem. Mas para minha surpresa, a produtora de elenco me ligou dois meses depois, dizendo que a personagem havia agradado nos grupos de discussão e que os autores voltaram com ela. Foi bom que deu tempo de reproduzirmos um fato histórico: Dom Pedro (vivido por Caio Castro) engravidou as duas irmãs ao mesmo tempo. Me sinto feliz, porque estou, inclusive, concorrendo ao título de melhor atriz (categoria participação especial) no Prêmio Notícias de TV (noticiasdetv.com)”.

– Você tem um filho de sete anos. Como concilia a vida profissional com a pessoal?

“Minha vida não é diferente da maioria das mulheres. Todas nós nos desdobramos em vários papéis. A única diferença é que não temos tanta rotina. Pode acontecer de eu ficar uma semana com o Valentim e outra trabalhando 14 horas por dia, ou perder feriados por estar gravando, por exemplo.

– O que aprendeu com seus pais e ensina ao seu filho?

“Tudo. Sou fruto da minha casa de Ouro Preto e da minha família de Juiz de Fora. Falamos muito sobre liberdade de expressão, arte, disciplina e honestidade”.

– Qual sua posição sobre a ideologia de gênero?

“Acredito que gênero é por identificação, não por biologia. Cada um se identifica com uma coisa, por isso é tão diverso. A heteronormatividade é uma invenção social. Que bom que podemos falar cada vez mais sobre isso. No meu monólogo – que faço desde 2016, o “Genderless” – falo de Norrie May Welby, primeira pessoa no mundo a conquistar o direito de não ter gênero algum”.

– Como é o seu trabalho de ‘life coach’?

“É um apoio à melhoria do indivíduo. O ‘coach’ ferramenta o ‘coachee’ para que ele saia de alguma zona de conforto. Tem sido muito gratificante presenciar a mudança de tantas vidas na minha sala de trabalho, incluindo a minha”.

Ping Pong

– Atriz: Meryl Streep
– Ator: Marlon Brando
– Ser mãe é… resgate de essência
– Cantor: Paulinho Moska
Cantora: Kimbra
– Um sonho: popularizar meu método de preparação de elenco e ver o Castelinho dos Bracher se tornar um centro cultural
– Signo: Virgem, mas prefiro Sagitário… (risos)
Momento pessoal: queria congelar o tempo bem agora
– Look: básico
– Adora comprar… perfume, atualmente “Jour d´Hermes”
– Cidade: Veneza
– Estilo musical: todos, menos sertanejo universitário
Viagem inesquecível: Praga, com meu pai (em uma exposição dele)
– Prato preferido: tudo que tenha shitake
– Vaidade: gosto quando me julgam mais jovem (risos)
– Um político: JK
– Uma virtude: empatia
– Livro: “Lavoura Arcaica”, de Raduan Nassar
– Frase: “Tudo vem para o bem”, de Waldemar Bracher, meu avô

FALA QUEM SABE

Casamento, comportamento, procedimentos , festa…

A cada dia temos muitas inovações (bem criadas e organizadas por nossos parceiros e amigos cerimonialistas) nas celebrações do dia “D, que não só sofisticam como trazem formas diferentes de celebrarmos esse momento lindo e feliz do casal.

Mas faço uma ressalva. Tenho observado como convidado (e recebido informações de outros especialistas) de alguns excessos e situações ultrapassadas que beiram o absurdo, o constrangimento e diria mesmo em algumas situações, o mau gosto.

Da mesma forma, acho que os cerimonialistas, muitas vezes, mesmo sabendo e não concordando, se omitem para não desagradarem os clientes. Por exemplo, os presentes são mimos sempre bem recebidos dentro das possibilidades e vontade de cada um, mas o que vale mesmo é a presença dos seus convidados. Por isso, fazer uma lista somente com presentes caros não é de bom tom.

Quanto às lembrancinhas, precisam ter utilidade e não só encarecer o cerimonial. Sobre o horário, o meu recado para as noivas é: queridas programem-se. Vamos deixar de lado essa história de que é da cultura do brasileiro atrasar. Chique não é criar expectativa, mas ser pontual e respeitar os convidados. Também, não acho interessante cortar “gravata do noivo” e passar na festa, pois intimida e constrange, ainda mais quando está sendo filmado. Muitas vezes o convidado não tem dinheiro (por conta da facilidade do cartão), não quer ou não pode dar essa “contribuição”.

Outro ponto que muitos criticam é o excesso de barulho, que impede até ouvir a música, além de atrapalhar a interação dos convidados. Para os celebrantes de casamentos em sítios e salões, nunca é de demais lembrarmos: o momento não é para fazer da cerimônia seu palco com holofotes. Afinal, os noivos é que são os protagonistas.

Poderia estender a lista, mas vamos manter a essência desses momentos sem criar uma “nova tradição”. E que assim, sejamos todos felizes para sempre.

(André Pavam é cabeleireiro e leitor convidado)

JF POR AÍ…

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Palestra em São Paulo: Único brasileiro integrante da Sociedade Internacional de Psiquiatria do Esporte, o médico juiz-forano Hélio Fadel fez palestra no 35° Congresso Brasileiro da especialidade, realizado em São Paulo. Foi a primeira mesa redonda sobre psiquiatria do esporte realizada no Brasil. Também participaram dos debates, a psicóloga Aline Wolff, do COB, o médico Fernando Solera, da CBF e o doutor em psiquiatria Marcelo Migon.
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