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Fala Quem Sabe

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Fala Quem Sabe

Viajar é preciso

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O prazer de viajar me veio de menina. Primeiro na imaginação, depois foi para a pracinha, em Botafogo, no Rio, em seguida para o quintal da casa que me mudei aos 4 anos, com meus bichos, ursinhos e meus brinquedos. Um mundo muito mágico. Veio a adolescência, época de mesada curta, mas com o corpo cheio de energia acampava com amigos, primos e irmãos. Me formei, época difícil, meu pai se foi para ficar com minha mãe. Viajava então para lugares próximos.

O tempo foi passando, descobri o Brasil quase todo e esse desejo de viajar foi se sofisticando e tornando-se cada vez mais exigente. Conhecer outros mundos, outras culturas, novos cheiros e sabores, crenças, gente de todos os tipos e cores exerciam uma fascinação em mim. Ali eu me reinventava, virou um ópio. Hoje já não tenho a mesma energia do passado, procuro então viajar com empresas sólidas. Conheci vários países: Turquia, Grécia, Europa, Rússia, fiz a travessia do círculo Polar Ártico e até o fim do mundo fui.

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Então veio a pandemia. Momento em que o mundo parou e que de alguma forma todos nós fomos afetados, com perdas em todos os sentidos. Nesse momento havia acabado de perder minha irmã com uma doença gravíssima. Tempos difíceis. Talvez um dos momentos mais desafiadores da humanidade. E aí? O que fazer diante disso? Depende de cada um de nós.

Encarar o momento desafiador de frente, fazer um mergulho em nossas vivências, ressignificar, descobrir novos caminhos e seguir. Pode ser que o bonde da vida esteja passando com momentos incríveis para acontecer. Recriar, reinventar. Abrir-se para o novo.

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Nesse período me permiti ficar noiva; meu sobrinho neto nasceu; neto da minha irmã falecida; tive Covid; viajei a vários lugares por perto; visitei a caixinha do meu passado retornando ao lugar onde nasci, aprendi a falar e dar meus primeiros passos, muita emoção. Fiz um piquenique no jardim com a família do meu pedreiro, visitei o Pará, sua terra Natal, na imaginação, outros sabores. Até de asa-delta voei e lá de cima foi maravilhoso observar como tudo se torna pequeno frente à grandiosidade da vida. Saio renovada na expectativa de retomar outras viagens. Gratidão.

(Tereza Cristina de Carvalho Petrocello é cirurgiã dentista, psicóloga, mestre em diagnóstico e leitora convidada)

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