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Coluna CR – 11-06-2017

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FALA QUEM SABE

O amor: encontros e desencontros

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Segundo  o   legado   grego,   o   amor,   Eros,   é   filho   de  Poros (a   Riqueza,   o Expediente)  e   de   Penia  (a  Pobreza   ou Miséria). Trazendo  consigo  características ambivalentes dos pais o amor se manifesta distintamente. Do amor romance, paixão ao amor afetivo, passando pela afeição e pelo fraterno.

O  amor   é   uma   inspiração,   na   medida   em   que   não   se   pode   propriamente planejá-lo. É possível ensinar o que não se sabe? Dessa interrogação é que extraio um dos possíveis conceitos de amor, até mesmo em conceito, uma inspiração: “amar é dar o que não se tem”, e mais: “a quem não quer ou não pede”. Pode parecer controverso, mas peça a alguém que se deleite ou que sofra por amor, para tentar descrever a experiência.

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É natural supor que se há o amor, alguém ama e alguém é amado. O amante é aquele que, ao sentir que alguma coisa lhe falta, certamente ele não sabe exatamente o que é que falta, supõe que um outro, que é o amado, possua isso que lhe falta. E por sua vez, o amado, o escolhido pelo amante, termina por também supor, mesmo sem saber o que, que ele possui realmente algo que possa completar o amante. Eis aí o ‘jogo’, que  jogado,  produz o amor.  Não à  toa , o  amor carrega consigo aquilo que caracteriza os pais, de um lado alguém “não possui”, de outro, alguém “possui” e desse encontro, a experiência de uma completude, o que é um prazer incomensurável.

Ainda assim, nem sempre o encontro se dá e desventuras das mais sofridas são vividas cotidianamente. Contudo, como no passado, no presente e no futuro, como sugeriu nosso “poetinha”, embora existam tantos desencontros, no amor,  como na
vida, o estado da arte é o encontro. Vale a pena buscar!

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José Eduardo Amorim é psicanalista e leitor convidado

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