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Dia da Engenharia
Se em 11 de dezembro comemora-se o Dia do Engenheiro, em 10 de abril o Brasil homenageia e registra o Dia da Engenharia.
Na realidade tal data surgiu como homenagem ao tenente-coronel João Carlos de Villagran Cabrita, falecido em 10 de abril de 1866 numa explosão no Rio Paraná. Ele foi o comandante do 1º. Batalhão de Engenharia na Guerra da Tríplice Aliança.
Visava-se homenagear a Engenharia Militar.
Nessa data relembramos as vantagens que essa profissão trouxe e traz a humanidade com o propósito de resolver problemas e criar soluções que revolucionaram a vida humana.
Ao engenheiro cabe aprimorar a qualidade de vida e conforto do ser humano de uma forma geral. Edifícios, máquinas, computadores e até avanços em áreas como a Genética se devem à Engenharia, que se diversifica em mais de 30 áreas distintas, desde a Engenharia Civil até e Engenharia de Pesca.
Ao engenheiro civil coube o codinome de Coringa, visto que tal especialidade versa de forma ampla em várias áreas (edificações, rodovias, ferrovias, barragens, etc, etc).
Tem sido motivo de justificada preocupação a proliferação desmedida de “faculdades de engenharia” que foram criadas no país de forma predatória e banal, tangendo a vulgaridade da profissão, mediante irresponsável liberalidade do governo FHC.
Sou do tempo em que o vestibular de engenharia e medicina exigia grande capacidade intelectual do candidato; quem não fosse qualificado não concluía o curso em cinco anos. Isso acabou juntamente com o século XX.
Hoje existe uma escola de engenharia em cada bairro, sem nenhuma semelhança a qualidade da centenária Faculdade de Engenharia da UFJF.
A citar, nada como ter sido aluno de “gênios e geniais” mestres tais qual Eduardo Hippert, João Martins Ribeiro e Maurício de Paula Jung! Não tenho dúvidas que os colegas, que viveram comigo esse período da história, afirmam, sem hesitar: como é bom ser engenheiro!
(Rogério Adum Araujo é engenheiro, presidente do Clube de Engenharia e leitor convidado)