Quer encontrar o seu lugar? Voluntarie-se!
Não importa se um trabalho voluntário se dá amparando órfãos num campo de refugiados na África Subsaariana, abrigando uma família que teve a sua casa levada pela enchente, acolhendo imigrantes vindos da crise venezuelana, protegendo pessoas em situação de rua ou cuidando de crianças, jovens e idosos. Independente de onde e como, a essência do trabalho será sempre a mesma: o encontro com o outro. E, através do outro, uma maior conexão com o nosso “Eu Maior” (Eu Superior, Alma, Espírito ou como preferir denominar) e com Deus.
No voluntariado – onde não se produz crescimento ou conforto material, não se proporciona recursos ou progresso social – o trabalho abnegado em benefício à uma causa, princípio ou pessoa, nos rende a melhor das equações (o ganha-ganha), onde ganha quem recebe mas, sobretudo, ganha muito mais quem se doa, num processo de crescimento íntimo e transformação que se dá de dentro pra fora.
Como nascemos para viver em sociedade, num movimento contínuo de cooperação, a natureza, de forma simples, está sempre nos apresentando o impositivo da colaboração (a fonte que nutre a árvore e essa protege a fonte, o solo que abriga a semente e essa que valoriza o solo, as águas que formam as nuvens e as nuvens alimentam os rios), trazendo-nos a reflexão sobre a função moral que nos cabe nesse ciclo, onde o mais forte deveria auxiliar o mais fraco e, aquele que tem mais recursos, amparar os mais necessitados.
Nesse sentido, não podemos prescindir dos ensinamentos daquele que é o nosso maior exemplo de trabalho voluntário: Jesus Cristo que, sem julgamentos, dedica-se ao bem dos semelhantes como médico, professor, juiz, benfeitor, sábio, advogado, psicólogo e, como grande trabalhador divino, serve a todos sem reclamação e recompensas. Antes D’Ele a caridade é mera desconhecida e, com Jesus, novo movimento de solidariedade, comunhão e fraternidade se inicia na Terra.
Ao mirarmos no exemplo do Mestre Maior, podemos sentir e vivenciar, em alguns momentos, os seus sublimes ensinamentos de que “é dando que se recebe” e de que “mais vale dar do que receber”. Pra isso, voluntariemo-nos!
(Emerson Laender é voluntário na Rede NoBem, Fraternidade Sem Fronteiras, Casulo Pra Rua, Casa São Camilo de Lélis, Centro Espírita Ivon Costa, AACI e leitor convidado)