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O que é Gerontologia?

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O envolvimento público e profissional com as pessoas idosas no nosso país é muito recente. Esperava-se, pelas melhores indicações dos estudiosos do nosso futuro, que o Brasil, à partir dos anos 70-80, do século passado, seria um país superpovoado, consequência de uma enorme explosão demográfica, que se esperava e que não aconteceu. O que tivemos e continuamos a ter, foi e é, o acelerado envelhecimento da nossa população. Com o mundo, com os países europeus, já envelhecidos. O que aconteceu com o nosso país, desse período para frente? Entre outras alterações na composição sociodemográfica brasileira, é importante assinalar que tivemos consideravelmente uma queda da mortalidade infantil, anunciando um novo cenário – de menos crianças e mais idosos – com a progressiva diminuição da fecundidade, do número de filhos por mulher. Essas duas realidades, por exemplo, contrariaram o senso comum de que seríamos um país superpopuloso. E entramos para valer na rota dos países com um expressivo e cada vez maior número de pessoas idosas na sua população. Fomos pegos com “as calças nas mãos”. Não crescemos. Envelhecemos. Nos tornamos um país jovem de cabelos brancos, como se refere a essa nova realidade, o Dr. Renato Veras, grande referência técnica no campo da saúde da população idosa.

E por falar em saúde, o médico geriatra ou a médica geriatra cuidam da saúde da pessoa idosa. E quem não é médico ou médica e que também atende pessoas idosas, qual é a sua identidade profissional? É o gerontólogo ou a gerontóloga. Quais são as suas atribuições? O que eles/elas fazem? A Gerontologia cuida de que? Talvez para o leitor e para a leitora, a ideia da contribuição da Geriatria esteja melhor assimilada. Mas, a da Gerontologia, acredito que não. Pois bem. Buscando uma resposta bem simples. A Gerontologia é a ciência – em franco processo de reconhecimento – que se ocupa também da saúde das pessoas idosas. Com a importante e imprescindível participação da Geriatria e de outras disciplinas científicas que incidem sobre a promoção da qualidade de vida de todos nós que envelhecemos, priorizando a nossa autonomia e a nossa independência sobre a gestão da nossa vida, nossos atos e comportamentos. O campo de intervenção profissional no envelhecimento precisa muito de contar com a participação de vários profissionais. É uma lista enorme. Que se eu for aqui enumerar, poderia deixar alguém no caderno. Não é o caso. Para uma boa atuação geronto-geriátrica é fundamental a contribuição de muitos colaboradores.

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Essa conta ainda não fecha: temos muitas pessoas idosas e pouquíssimos geriatras e gerontólogos. Aqui mesmo na nossa cidade. Com certeza, dá para contar nos dedos das mãos o número desses profissionais. Quantos temos, por exemplo, na saúde municipal, tanto na área pública, quanto na área particular? Não chegam a duas dezenas. O que evidencia a necessidade de as Instituições de Ensino Superior, as Faculdades Públicas e Particulares oferecerem, o quanto antes, cursos na área da Geriatria e Gerontologia.

Pela necessidade, até mesmo, de mercado e pela importância da atuação profissional no campo da Gerontologia e da Geriatria, desejo, em tempo, cumprimentar todos os colegas e todas as colegas que têm o seu cotidiano direcionado ao trabalho com as pessoas Idosas. Para não esquecer. Dia 24 de março, quinta-feira dessa semana que termina, é o Dia do/a Gerontológo/a. Parabéns. Vamos em frente!

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