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Afeto é bom em qualquer idade!

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Tive a minha formação profissional em Serviço Social pela UFJF. A quem agradeço para sempre. Diga-se de passagem, uma das melhores faculdades do Brasil. Sinto-me no dever de agradecer a todos os professores e professoras que contribuíram para o meu crescimento profissional como assistente social.

Minha preparação para a entrada no mercado de trabalho se deu entre os anos de 1979 a 1983. Em 1984, fui convidado pela amiga Rosaine Pereira da Silva, a quem sou eternamente grato pela iniciação na vida profissional, para tentar um lugar na Prefeitura de Resende/RJ. Foram quase dois anos de trabalho social com a população do sul fluminense. Atuei no plantão diário da Secretaria de Saúde e Promoção Social sob a direção competente da assistente social Marlene Barros de Carvalho. Na gestão do ex-prefeito Noel de Oliveira. Tive participação em importantes programas sociais como: Hortas Domiciliares, Hortas Comunitárias, Incentivo ao Pequeno Produtor de Resende e Feiras Comunitárias. Foram ações públicas desenvolvidas que tiveram o objetivo, na época, de vacas magras, de promover o acesso da população mais pobre à alimentação.

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Iniciava-se assim, o meu ingresso no trabalho social. Ao mesmo tempo em que eu crescia como pessoa. Com pouca idade, vivi as inseguranças e medos pertinentes ao pavimento da vida adulta. Na busca da edificação da minha história e do meu caminho na vida.

Em Resende, cidade que faz parte da minha alma, experimentei a saudade de casa, a distância do meu limitado cotidiano, mas era meu; e da proteção dos pais. Com a cara e com a coragem, como se diz, encarei o desafio, e fui em busca de emprego. Graças à Deus, e à Rosaine, deu tudo certo. Fiz uma bela história na cidade de grandes empresas multinacionais. Ligava para casa todo santo dia, mesmo sem ter o que falar. Tinha – e tenho, hoje, em outras proporções – muita fome e sede de afeto. Mesmo sem ter novidade alguma, eu telefonava a cobrar, (a grana estava bem curta). Era um gesto, meio mecânico, para falar com a minha mãe e pedir a sua benção, a sua oração para que pudesse ser empregado pela Prefeitura. Aos poucos, com o passar do tempo, fui me integrando à realidade da cidade. Almoçava diariamente numa pensão, no Bairro Surubi.

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Aprendi a comer de tudo que vinha no prato. Ou não teria o que comer. “A necessidade faz o sapo pular”. E como eu pulei em Resende. Morei no Manejo. Bairro dos mineiros. Depois aluguei um quarto na Rua da Prefeitura. Ficava mais perto do trabalho. Abria e fechava o departamento. Dediquei um bom tempo da minha vida à Prefeitura de Resende.

Só um parêntesis, caros leitores e leitoras. Passados mais de 30 anos dessa minha experiência de trabalho na cidade de Resende, que foi o meu primeiro emprego. Há duas semanas, vivi uma situação semelhante a essa: da importância afetiva dos pais na vida do/as filho/as. Fui visitar meu enteado – Yuri – na universitária cidade de Viçosa. “República da Vila”. O que eles promoveram? Um encontro (ainda sem o coronavírus?!) de pais dos residentes da Vila. Foi um sábado para não sair da nossa memória. A nossa presença fez muito bem ao churrasco e às bebidas dos meninos!

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Em 1986, faço um novo ciclo profissional. Agora, no retorno à querida Juiz de Fora. Começava aí a minha trajetória como assistente social da Prefeitura. Trabalhei no posto de saúde do Bairro Esplanada e no do Bairro Jóquei Clube. Aqui fui coordenador da equipe, sob a supervisão do competente enfermeiro e amigo Alfeu Gomes. Nosso secretário de saúde era o dedicado e engajado médico Dr. João César Novais. Desejo registrar aqui, o maior e o mais importante evento de toda a minha vida. O ano de 1989. O ano que estreei como pai. No dia 19 de julho de 1989, nasce Pedro Brasil Silva. Se o afeto é bom em qualquer idade e para todas as pessoas, com a presença de um/a filho/a, tudo muda. O mundo passa a ser um rio que corre no quintal da nossa casa.

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