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Prepare-se para viver mais!

“Casos como o dessa senhora do Grajaú, infelizmente, são vistos de forma recorrente no Brasil e, às vezes, na nossa cidade, denotando a necessidade de desenvolvimento, cada vez mais, de políticas públicas para pessoas idosas, principalmente, no que diz respeito ao apoio familiar”, pontua Pitico

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Desejo para toda a minha vida continuar aprendendo sobre como envelhecer. Como ter um envelhecimento ativo, principalmente no campo social e público. Por isso, desejo cada vez mais escrever, ler, falar, ouvir sobre esse processo de nossa trajetória de vida. Sobretudo no momento presente da humanidade, que nos coloca diante dessa nova realidade demográfica: o mundo está envelhecendo. Mas infelizmente essa novidade mundial que impacta a nossa situação aqui no Brasil e em nossas cidades, como em Juiz de Fora, ainda não desperta interesse público e político de nossos representantes no trabalho necessário e fundamental de promover uma educação social para o nosso envelhecimento. Não somos educados para envelhecer e nem para a sua aceitação. E se desejamos conseguir preparação para viver mais, o que é uma realidade, não é uma perspectiva, precisamos aprender a envelhecer.

Meu compromisso com a cidade ancorado no meu exercício permanente é de continuar produzindo conteúdos e pautas sobre a velhice para a sensibilização da comunidade, tendo em vista contribuir para a melhoria das condições de vida das pessoas idosas, principalmente as que mais precisam das ações públicas para a reprodução de suas condições materiais. Eu vou continuar no desafio diário de pautar assuntos ligados ao nosso envelhecimento. Entra ano, sai ano, percebo que se torna imprescindível retirar esse tema do subterrâneo da cidade e fazer com que ele ganhe a superfície para sua visibilidade. Para isso acontecer, e já vem acontecendo, cabe um comentário.

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Já que estamos em momento de fim de ano, ao olhar para trás, sobre o alcance de minhas palavras em vocês, caros leitores e leitoras, o retorno tem sido positivo e animador na sequência para aumentar a construção de narrativas sobre esse assunto do envelhecimento humano. A produção semanal de quase cinquenta colunas produzidas e publicadas aqui nesse espaço pela Tribuna cumpriu e vem cumprindo o seu papel social: o de contribuir para a educação do nosso envelhecimento, como escrevi logo no início desta última coluna do ano.

Ao longo do ritmo semanal dessas colunas apresentadas neste ano de 2022, algumas ideias tornaram-se conhecidas dos leitores e leitoras que me honram com a leitura, seguidor/as de todos os domingos. Vamos à revisão de alguns pontos e comentários que deixei por aqui e o faço de novo. Nossa cidade precisa ter equipamentos sociais e de saúde para atender às necessidades das pessoas idosas que se encontram numa situação de maior dependência para a gestão de suas vidas, principalmente as que têm um alto índice de declínio cognitivo e funcional. O que implica também em a cidade oferecer cursos de preparação para pessoas cuidadoras de idosos. Essa é também uma demanda muito recorrente no nosso dia a dia. Nessa área de pessoas idosas que apresentam mais dependência de outras pessoas para a realização de suas atividades diárias, é fundamental que a cidade participe da rotina e conheça mais de perto o trabalho desenvolvido pelas instituições de longa permanência.

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As pessoas idosas que lá vivem ganham um pouco mais de presença, nesse período do Natal, mas essas ações de presença não podem ficar somente restritas a esse período, nas boas e necessárias campanhas natalinas. É preciso um olhar comunitário contínuo e regular em todos os dias do ano. O meu pedido ao Papai Noel, nesse dia de Natal, é que o afeto e o amor estejam presentes nos corações daquelas pessoas idosas que foram esquecidas pela nossa indiferença com a fantasia de que somente elas envelheceram.

PS: A coluna retorna em fevereiro de 2023. Feliz Ano Novo. Gratidão.

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