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Feliz Natal!

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Essa é a penúltima coluna do ano. Como não poderia deixar de ser, porque estamos encerrando um ciclo, terminando um ano, proponho-me, nesse espaço de linhas, ressignificar fatos, eventos, ações e atividades direcionadas ao público idoso, que soma mais de noventa mil pessoas em Juiz de Fora. Esse rol de ações temáticas, nós fazemos há mais de 30 anos. Nossa obsessão, positivamente falando, é incluir as pessoas idosas na vida da cidade. É dar holofotes para que suas necessidades sejam conhecidas. A cidade tem que ser para todos. Ninguém pode ficar de fora. Faltando 11 dias para chegar ao fim o ano de 2019, desejo, nesse exercício de retrospectiva, agradecer (cultivo o sentimento da gratidão). Sou grato a muita gente. Pessoas e autoridades.

Agradeço à Deus pela vida com a presença luxuosa e riquíssima de tantas pessoas amigas mais a companhia dos familiares. Duas fontes de abastecimento afetivo e espiritual para seguir em frente, em direção ao meu encontro. Agradeço por ter a oportunidade de trabalhar e de lutar pela justiça social para aqueles, que como nós, merecem toda atenção e uma vida decente, com qualidade de vida. Refiro-me à fração etária das pessoas idosas que dependem da atenção pública em todas as áreas de suas vidas, desde o nascimento até a velhice. De janeiro à dezembro, trabalhamos muito para sensibilizar a cidade para as necessidades desse público. Suas realidades, perspectivas, limitações e possibilidades.

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Nosso desafio é colocar na agenda os desejos dos idosos. Numa cultura hostil ao envelhecimento. Potencializamos os espaços públicos importantíssimos que temos de participação social para essa população. E começo o registro pelo Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Idosa.

Criado por lei municipal, tem uma vida dinâmica de ouvir e propor medidas públicas na defesa e promoção dos direitos sociais dos idosos. Carece de pouca presença dos sujeitos da terceira idade em sua rotina de funcionamento, mas não é exclusividade. É o que se observa em outros conselhos de direitos: a participação tem sido baixa, refluxo de uma maré de incertezas para a vida da coletividade e da própria sociedade em que vivemos. Estamos cada vez mais individualistas e protegidos de nossa insegurança nos condomínios de nossos interesses imediatos. E se “a farinha é pouca, meu pirão, primeiro”, como diria o meu amigo Zé Gomes, na fala que remonta de sua infância na grota em que nasceu.

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Entra ano, sai ano, nossa luta continua. Luta de falar e de mostrar que a cidade tem muita gente idosa. Que as pessoas idosas merecem fazer parte ativamente da comunidade. Mostrar que se desejamos uma sociedade civilizada é urgente mudar nossa relação com os idosos. Está passando da hora de nos educarmos para o envelhecimento de todos nós que vivemos e amamos Juiz de Fora. A Avenida Rio Branco não pode ser destaque no jornal em número de acidentes envolvendo pessoas idosas. Os roubos, assaltos, crimes precisam desaparecer. Assim como outros tipos de ameaça à vida aos idosos. Principalmente a violência que acontece dentro de casa: a violência doméstica. Os idosos precisam ter sossego para andar no centro da cidade, livres, sem a perturbação de alguns indivíduos que as abordam agressivamente e com alta persuasão psicológica para empréstimos consignados. Ou seja, forçar o endividamento delas. Isso é crime.

A cidade, o quanto antes, deve se preparar para o seu envelhecimento, não me canso de escrever isso. Como disse anteriormente. Essa demanda não pode continuar sendo negligenciada e nem deixada para depois. Tem que ser colocada no dia-a-dia da cidade em todas as instâncias do cotidiano. É aqui que envelhecemos. Em outro tempo. É aqui que envelheceremos. A cidade me atende?

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Como estamos no final do ano de 2019, novas esperanças se acendem. Novas possibilidades podem ser viabilizadas. Novos encontros deverão ser criados. Penso que, nesse ano que se vai, produzimos várias atividades que chegaram ao conhecimento de muitas pessoas, para que elas se conscientizassem de que vão envelhecer e que as pessoas já idosas, merecem mais respeito, mais atenção e mais qualidade de vida. Mais amor. Pelo momento que estamos vivendo, quero te agradecer pela companhia ao longo do ano, e te desejar, caro leitor e leitora, um feliz Natal. Simples assim. Que façamos novos começos. Que sejamos novas pessoas!

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