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Inclusão Etária!

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Em nossas relações sociais temos, historicamente, preconceitos e tabus – que devem ser desconstruídos – por conta de questões que envolvem identidade sexual, raça e apresentação de algum tipo de deficiência. E também sobre a idade das pessoas. Vivemos numa sociedade que discrimina. Que carimba as pessoas, aprisionando-as pelo gênero, sexo, raça, idade e capacitismo. São comportamentos que vêm ganhando exposição na cena pública, que vêm de longe e são mostrados em redes sociais em consequência da nossa intolerância, desrespeito e desqualificação de nosso interlocutor em nossas conversas. 

O uso indiscriminado da internet, de ter o mundo na palma das mãos, faz de nós, falsos deuses. São sentimentos negativos e desrespeitosos sobre quem pensa diferente e sobre quem é muito diferente de nós. O que nos afasta do encontro e do diálogo político, da impossibilidade de se manter uma pauta por muito tempo. E agora, daqui há um mês, mais ou menos, como aconteceu no pleito político de dois anos atrás, a onda de ódio deve crescer ainda mais. Infelizmente. Reproduzindo o que presenciamos dentro de casa no nosso relacionamento familiar com o famigerado grupo de whatsApp.  

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Precisamos rever urgentemente esse modelo de relacionamento social. A condição humana tem que estar acima de nossas cegas e limitadas paixões que só nos distanciam uns dos outros. No caso, por exemplo, da idade de todos nós, que é uma condição dada, ela não pode limitar a nossa expansão e emancipação humana em todas as nossas possibilidades e potências de realização. Precisamos gestar um outro futuro. O mundo mudou. A revolução da longevidade traz um novo tempo de vida para todos nós, com mais desafios e desejos. 

E para não perder o pique do momento eleitoral que estamos vivendo, com a aproximação das eleições em outubro, é preciso conhecer das nossas candidatas e dos nossos candidatos quais são as suas propostas políticas para a população idosa do nosso país, do nosso estado e de nossa cidade? O que vocês vão defender na criação de leis no Congresso Nacional e na Assembleia Legislativa que efetivamente possam melhorar as condições de vida da maioria da população idosa? É preciso ouvir as demandas das pessoas idosas, senhoras candidatas e senhores candidatos!

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A nossa longevidade é uma realidade. E essa realidade tem que fazer parte da plataforma política daquelas e daqueles que se apresentam ao eleitorado. Nossa cidade tem um grupo expressivo de pretendentes à Assembleia Estadual e Nacional, e porque não apostar na demanda das pessoas idosas? Esse é o grande desafio da classe política: contribuir para a inclusão etária de todos nós. Se estamos vivendo mais, e estamos mesmo, é preciso rever toda a nossa programação social e pública construída até aqui. 

O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que o limite de idade colocado em concursos e em outras competições de acesso, não só ao mercado de trabalho para o emprego, mas também, por exemplo, à prática esportiva e de lazer deve ser ampliado. Até mesmo o limite para doação de sangue. O voto que é facultativo aos maiores de 70 anos já envelheceu. Porque temos eleitores centenários ou bem perto disso que não abrem mão de participarem desse importante momento da vida política. Estamos, sim, diante de um novo mundo, de uma nova cidade, de um outro futuro.

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