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Pra frente é que se anda!

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Essa é a primeira Coluna do ano de 2021. Com muita coragem e motivação, darei sequência aqui, na produção ou na continuidade de produzir linhas e mais linhas sobre o nosso envelhecimento: desafios e possibilidades, conquistas e retrocessos. Desejo ter, o que é fundamental para mim, a sua companhia, prezado leitor e leitora, nessa empreitada de, a cada semana, toda sexta-feira, apresentar reflexões sobre o nosso envelhecimento. Das pessoas idosas. E das pessoas, que, como eu, e, certamente, como você, desejam envelhecer com qualidade de vida. E envelhecer na cidade que nós amamos. Continuarei a lançar garrafas ao mar! E te convido, caro leitor e leitora, a embarcar novamente comigo nessa viagem.

O objetivo desse espaço é mesmo o de buscar sensibilizar a cidade de Juiz de Fora para a mudança de comportamento na relação com as suas pessoas idosas. Que somam mais de cem mil. Inclusive com destaque para a presença de pessoas centenária/os entre nós. Mudança de comportamento que implica em alterar as nossas relações com quem já fez muito pela cidade, pela nossa família, e que deve continuar fazendo. Só que para viver melhor é necessário construir urgentemente uma educação para o envelhecimento da cidade. Esse tema tem que fazer parte do nosso cotidiano. E ainda não faz.

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É preciso que a cidade, através da Prefeitura e de outras instituições públicas, lancem um olhar especial para as pessoas idosas. Mais do que um gesto com boas intenções, é preciso fazer. Desenvolver políticas públicas que alterem a vida das pessoas idosas. No enfrentamento aos vários tipos de violência contra elas. Em casa e nas ruas. Na adoção de medidas que possam garantir remédios nas Unidades Básicas de Saúde dos bairros onde elas moram. Acabar, de uma vez por todas, no início de todo mês, com as desumanas filas de gente cansada e injustiçada em frente às instituições financeiras (bancos) para o acesso a seus benefícios previdenciários. Que as pessoas possam ter eventos culturais, esportivos e de lazer para serem vistas na cidade. E sendo vistas possam ser mais respeitadas. Que as pessoas idosas deixem de fazer parte dos relatórios de óbitos no trânsito da cidade. Por uma questão de amor e de cidadania. Afinal de contas quem construiu essa cidade?

O ano de 2020, me ensinou muita coisa. Principalmente a ter presença no mundo. Na cidade. Na família. Na comunidade. E mais do que tudo isso, me ensinou a importância de enxergar a minha dimensão de pessoa e de cidadão na responsabilidade inadiável com o meio ambiente, de dentro e de fora de mim. Eu não vivo desconectado das pessoas. A avaliação que eu faço do ano que passou é a de como nós somos frágeis e de como nós precisamos uns dos outros. Novas esperanças chegam até nós. Sim, eu quero crer, e acredito prá valer, que são os ventos da mudança. No comando da cidade, uma mulher aprovada nas urnas, muito competente, capaz e preparada, que, junto de sua competente equipe, fará de Juiz de Fora a melhor cidade do mundo para se viver. Com a participação de toda a cidade: independente de gênero, cor ou idade.

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No rumo de minhas expectativas para os próximos 365 dias vindouros, apresento notícias positivas para a nossa pauta de toda sexta-feira. A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou no dia 14 de dezembro de 2020, o período de 2021 a 2030, como Década do Envelhecimento Saudável. O que isso quer dizer prá nós, que envelhecemos e vivemos em Juiz de Fora/MG? Significa, como adiantei nos parágrafos anteriores, que precisamos mudar a forma como nós pensamos, como nós sentimos e como nós agimos em relação à idade e ao envelhecimento. Devemos combater o etarismo, que é enfrentar a indiferença existente na sociedade às pessoas pela idade que elas têm. E também fazer da cidade uma cidade para todas as idades. Facilitar, promover e estimular a participação social das pessoas idosas em vários espaços de participação política. Como no Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, Conselho Municipal de Saúde, de Assistência Social, entre outros. Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara de Vereadores. Câmara Sênior.

Essas recomendações da ONU, além de serem conhecidas da cidade, precisam ganhar a dimensão da vida cotidiana das cidadãs idosas e dos cidadãos idosos que vivem em Juiz de Fora/MG. O futuro já começou! Feliz ano novo!

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