A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que geralmente aparece a partir das terceiras e quartas décadas de vida, e aumenta a incidência com o envelhecimento. Crianças e adolescentes também são suscetíveis, embora numa proporção mais baixa. As mulheres representam o maior contingente de pacientes.
Vários fatores podem contribuir para desencadear a doença, como estresse, alterações hormonais, traumatismos articulares, toxinas, alguns fármacos, infecções virais e bacterianas. E, também precisamos considerar a predisposição genética.
É necessário considerar ainda que o consumo de uma dieta inflamatória, rica em açúcares e gorduras trans, também contribui potencialmente para o desenvolvimento da artrite inflamatória.
Alguns sintomas podem indicar o quadro clínico de artrite reumatoide, como: rigidez articular; dor; edema; nódulos subcutâneos; vasculite; úlceras de membros inferiores; gangrenas de extremidades; e problemas nas articulações das mãos e pés. A doença ainda pode evoluir e comprometer o coração, rins, olhos e o sistema neurológio.
Recentemente, uma pesquisa da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, publicada no Journal of Autoimmunity, relacionou a absorção de vitamina D com a prevenção de artrite reumatoide. Segundo o estudo, quanto mais saudável estiver os níveis de vitamina D no organismo, menores serão as chances de desenvolver a doença.
Por isso, devemos melhorar nossa exposição solar diariamente. O sol estimula a produção do hormônio D3 (também conhecido como Vitamina D), que é um dos maiores protetores celulares, da pele e de todo o organismo. Sendo assim, o melhor horário para tomar sol é ao meio-dia. Este período é o mais apropriado para a fabricação de vitamina D pela nossa pele, devido à incidência ultravioleta chegar ao máximo.
Outras pesquisas também já comprovam os benefícios da exposição ao sol. A Universidade de Zurique demonstrou que a suplementação de vitamina D diminui em cerca de 20% as chances de fraturas. Já um estudo feito pela Harvard School of Public Health, ao longo de uma década, indicou que os pacientes que tinham deficiência de vitamina D dobravam o risco de sofrer um ataque cardíaco.
Podemos obter vitamina D também com bons hábitos alimentares. Os pescados são uma fonte interessante. O salmão e a sardinha devem ser incluídos na dieta.
E cabe um alerta: a superdosagem de vitamina D traz malefícios, como sobrecarregar a função renal. Portanto, são necessários um diagnóstico, acompanhamento clínico constante e manter uma boa alimentação, exposição regular ao sol e postura positiva.
O tratamento pode incluir várias alternativas, inclusive com fisioterapia e outros cuidados, e nunca abandonar em virtude de melhoras no quadro. A continuidade dos cuidados é essencial e visa garantir qualidade de vida aos pacientes.