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Doença celíaca: o que é, sintomas e como tratar

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Como já explicamos no texto da última semana, a doença autoimune ocorre quando o sistema de defesa do organismo se volta contra o próprio corpo.

A doença celíaca é uma doença autoimune, crônica, que acomete indivíduos com uma pré-disposição genética. Ela também é chamada de enteropatia sensível ao glúten, ou seja, é uma reação imunológica à ingestão do glúten – proteína encontrada no trigo, no centeio e na cevada – que estimula a produção de certos anticorpos criando uma inflamação que vai danificar o revestimento do intestino delgado, provocando o achatamento das vilosidades (pequenas projeções ao longo do revestimento do intestino delgado que absorvem nutrientes). Assim, a superfície lisa resultante provoca a má absorção de nutrientes.

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A patologia, como outras doenças autoimunes, afetam duas vezes mais mulheres do que homens e pode ocorrer em qualquer idade. Em crianças, os sintomas podem começar em bebês, causando dor e distensão abdominal, fezes claras e volumosas e até mesmo fétidas. Além disso, pode ocorrer uma diminuição do crescimento, levando a uma baixa estatura, risco de fraturas, aumento de cáries, inchaço, sensação de formigamento, anemia, cansaço, fraqueza e palidez cutânea. Ela também pode comprometer o sistema nervoso, provocando o aparecimento de depressão, epilepsia, esquizofrenia e autismo.

Nos adultos, além dos sintomas clássicos como diarreia (com fezes gordurosas) e prisão de ventre, também são comuns casos de irritabilidade ou apatia, artrite, osteopenia ou osteoporose, erupções na pele com prurido e pequenas bolhas (dermatite herpetiforme), lesões na língua, sangramento na gengiva ao fazer a higiene bucal, resistência insulínica, compulsão alimentar, vômito, emagrecimento, fraqueza, anemia ferropriva ou por deficiência de ácido fólico e vitamina B12 e também problemas de infertilidade, tanto nos homens quanto nas mulheres.

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O diagnostico é feito por meio de dosagem no sangue de anticorpos contra o glúten e biópsia do intestino. Por se tratar de uma doença crônica, ela não tem cura, mas tratamento. A superfície ciliada normal do intestino delgado e sua função são reestabelecidas quando o paciente para de comer glúten. Por isso, o tratamento deve ser feito a vida toda. Importante destacar que a doença pode aumentar o risco de alguns tipos de câncer do aparelho digestivo.

Tratamento

Dieta sem glúten; uso de suplemento, vitaminas e minerais;

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O glúten está presente nos pães, salsicha, biscoitos, bolos, macarrão e outras massas; embutidos, salgadinhos, hamburguês, carne empanada, sopas desidratadas e nos molhos prontos.

As bebidas também podem conter glúten, como cerveja, gin, vodka, whisky (mas dependendo do número de vezes que a bebida for destilada, o glúten pode ser eliminado) e alguns tipos de café.

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Além disso, ele também pode estar presente em cosméticos, como bases, cremes hidratantes, massinhas de modular, shampoos, cremes, condicionadores e sabonetes.

Então, sempre ficar atento aos rótulos de todos os produtos que for usar.

Vale ressaltar que a amamentação protege a criança e a ingestão de alimentos com glútens antes dos quarto mês de idade predispõe à doença celíaca.

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