Estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition mostra que o consumo de bebidas açucaradas (refrigerantes, sucos industrializados) pode ser prejudicial não apenas na fase adulta, mas também para bebês que ainda mamam no peito. De acordo com a pesquisa as mães que ingeriram açúcar no primeiro mês de amamentação tiveram filhos mais vulneráveis a desenvolver problemas cognitivos durante o período de até dois anos, o que comprova a importância da alimentação das mães lactantes. As mulheres que ingeriram açúcar tiveram os seus filhos com desenvolvimento cognitivos abaixo da média.
Amamentação é a fase mais importante para o bebê. O leite materno, que é diretamente influenciado pela alimentação das mães, é a fonte dos nutrientes nos primeiros meses de vida e a ingestão de açúcar, interfere no desenvolvimento cerebral.
A organização mundial de saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementar até os dois anos de idade. Apesar disso, apenas 6% das crianças no Brasil são amamentadas exclusivamente até dois meses de idade.
O leite materno contém todos os nutrientes necessários para o bebê (proteínas, gorduras, açúcar, vitaminas A, C, minerais e água) e trás benefícios para as mães. Diminui o sangramento no pós-parto, a incidência de anemia, auxilia na contração uterina diminuindo o abdômen da mãe, diminui o risco de câncer de mama e de ovários, além de contribuir para o emagrecimento. Os benefícios para os bebês também são diversos, fortalece o sistema imunológico, evita infecções respiratórias, gastrointestinais (diarreias), diminui alergia, asma, gases, aumenta o desenvolvimento da cavidade bucal ajudando no desenvolvimento da musculatura, diminui incidência de diabetes, hipertensão, obesidade na fase adulta, e reduz 13% o número de mortes de bebês e crianças de até 05 anos.
Estudos mostram que as gorduras presentes no leite materno são importantes no desenvolvimento do cérebro e sistema nervoso, melhorando o resultado escolar e desempenho na fase adulta.
Os malefícios do açúcar são diversos e vai além do fator obesidade, ele causa diabetes, esteatose hepática, gastrite, cáries, hipertensão, gota, trombose, câncer, enfraquecimento do sistema imunológico, desequilíbrio da microbiota intestinal, aumenta incidência de catarata e envelhecimento precoce. Apesar do leite materno ser o melhor alimento para o bebê, se a alimentação da mãe não for balanceada, pode provocar reações alérgicas, gases, diarreias, comprometimento do sistema cognitivo e chance de aparecimento de doenças a longo prazo.
A dieta deve ser rica em cálcio, ferro e proteínas (frutas, legumes, verduras, grãos integrais, peixes gordurosos tipo salmão, azeite, castanhas). Ingerir bastante água, evitar refrigerantes, sucos engarrafados, bebidas alcoólicas, alimentos industrializados, açúcar, alimentos que causam gases (feijão, repolho, couve-flor, cebola, pimenta), frituras e embutidos de forma geral, são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento adequado do bebê.