Dados da Federação Mundial do Coração revelam que há 155 milhões de crianças obesas e acima do peso no planeta. Estima-se que elas tenham 80% a mais de chance de ter sobrepeso quando adultas e, por consequência, maior risco de enfermidades cardíacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC). Crianças e jovens com sobrepeso têm três a cinco vezes mais chances de sofrerem um infarto ou AVC antes de chegarem aos 65 anos de vida, e um grande risco de desenvolverem diabetes. O sobrepeso na infância acaba gerando um acúmulo maior de gordura nas artérias ao longo dos anos, o que aumenta as chances de infarto e AVC.
Os pais desempenham um papel crucial, influenciando os hábitos para manter a saúde cardíaca de seus filhos durante toda a vida, sobretudo em relação à alimentação, prática de atividades físicas e consumo de tabaco, já que as crianças refletem os hábitos da família e do meio social em que vivem. Portanto, a prevenção primária das doenças cardiovasculares deve começar na infância.
O perigo do sedentarismo
A hipertensão arterial e o sedentarismo são considerados dois grandes vilões da saúde do coração. Quando não controlada, a pressão arterial causa lesões na artéria aorta e provoca a sobrecarga do coração, que fica com o músculo mais rígido, aumenta de tamanho e fica inchado. Já pessoas sedentárias e fumantes, aumentam suas chances de desenvolver doenças cardíacas.
Por isso, o melhor tratamento para as doenças do coração é a prevenção relacionada diretamente à mudança de hábitos alimentares e de estilo de vida. O sedentarismo e o estresse são fatores de risco conhecidos há algum tempo, mas nem sempre é levado à sério pelo paciente. O exercício físico é uma forma de diminuir os eventos coronarianos, porque há mais gasto calórico, evitando hipertensão, diabetes, sobrepeso e outros distúrbios.