A prática teve início no Japão há poucas semanas. E, por mais inconsequente que seja, o desafio se espalhou rapidamente entre os jovens internautas dos Estados Unidos, Reino Unido, e agora do Brasil.
Basicamente, o objetivo é ficar com a silhueta igual da Cinderela (personagem de um dos contos de fadas mais populares da Disney). O cálculo consiste em utilizar a altura, em metros, ao quadrado, e multiplica-la por 18. (Ex.: 1,70m de altura: 1,7 x 1,7 = 2,89 x 18 = 52 kg). Portanto, esse seria o foco dessa pessoa, pesar 52 kg. Isso confere um IMC de 18, ou seja, um índice de massa corporal de magreza e desnutrição. Nesse desafio, o que importa é atingir o peso e não uma dieta a ser seguida.
Sabe-se que dietas restritivas em excesso e mal orientadas podem levar a um quadro de desnutrição, facilitando o desenvolvimento de várias doenças, além de desencadear problemas alimentares graves como anorexia nervosa e bulimia.
Na anorexia nervosa, o paciente tem uma distorção da autoimagem. E, embora a pessoa possa estar muita magra, sempre acha que está acima do peso. Já a bulimia trata-se de uma desordem alimentar em que a pessoa ingere de uma só vez grande quantidade de alimentos e em seguida, com medo de engordar, lança mão de algum recurso como indução de vômitos, uso de laxantes ou diuréticos e prática excessiva de exercícios físicos para minimizar a situação.
O público-alvo do desafio são jovens adolescentes, principalmente do sexo feminino, que muitas vezes tem uma preocupação excessiva com a aparência física e está sempre na busca pelo “corpo ideal”.
As propagandas nos vendem a ideia de que para você ter uma vida feliz e perfeita, tem que ter um corpo magro e esculpido. Quando a adolescente apresenta quadro de depressão ou baixa autoestima, potencialmente fica mais vulnerável a sofrer com essas situações.
Sendo assim, os pais devem ficar atentos e buscar orientação médica e também psicoterápica, caso notem alguma alteração no comportamento alimentar dos filhos.
