Uma pesquisa recente feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostrou que aumentou, de maneira expressiva, o número de flexitarianos no Brasil.
É importante destacar que existem vários tipos de dietas vegetarianas:
– Ovolactovegetarianismo é um tipo de dieta vegetariana na qual, além de alimentos vegetais, é permitido comer ovos e leite e derivados, como alimento de origem animal;
– Lactovegetarianismo inclui leite e lacticínios na sua alimentação, mas não consome carne e nem ovos;
– Vegetariano não come ovo, carne e nem laticínios.
Além desses, existe o veganismo. Os adeptos dessa dieta consomem nada de origem animal. Além de não comer, eles não usam adornos, roupas, bolsas e qualquer tipo de acessório em couro e produtos de beleza testados em animais. O veganismo é mais do que uma dieta, é um estilo de vida, que visa proteger o direito dos animais.
Já os flexitarianos são pessoas que diminuem o consumo de origem animal, mas não cortaram definitivamente do prato, como os vegetarianos e veganos. Como o próprio nome já diz, é flexível. Esse termo foi criado pelo nutricionista Dawn Jackson Blatner em 2009, que lançou o livro “Dieta Flexitariana”.
Nesse processo você diminui o uso de carne e adiciona a chamada nova carne, que são alimentos ricos em proteínas como tofu, feijão, lentilha, sementes e nozes. Faz uso de vegetais, frutas, grãos, aveia, chia, linhaça, gergelim, evita açúcar, doces, elimina os alimentos processados e opta pelos naturais para evitar carências de vitaminas B12, ferro, ácido fólico, ômega 3, cálcio e zinco.
Existe também uma versão chamada VB6, que foi criada por Mark Bittman, que significa Vegan before 6 (vegano antes das 6), no caso, 18h. É uma dieta vegetariana até às 18h, em que você não come nada de origem animal e depois está liberado, com moderação. Segundo o Mark Bittman, “você consegue uma diminuição do peso corporal e evita o aparecimento de diabetes”.
A dieta flexitarina é de longo prazo e traz excelentes resultados para o bem-estar, diminuindo a incidência da diabetes, cardiopatia, câncer e até aumento da expectativa de vida. Além disso tudo, oferece benefícios ao meio ambiente, pois os tipos de proteínas vegetais usam 11 vezes menos energia para produção, e diminui a produção de gás de efeito estufa (bem como o uso de água e de terra).
Um estudo aponta que o vegetariano tem 32% menos risco de desenvolver problemas cardíacos, Hipertensão arterial, Síndrome metabólica, diabetes, problemas renais, cálculo na vesícula e previne alguns tipos de câncer (principalmente do intestino).
No entanto, é preciso ter cuidado e fazer uma dieta equilibrada para evitar complicações, como anemia, envelhecimento precoce, desnutrição e diminuição da imunidade. Antes de começar qualquer dieta, procure um médico para fazer exames clínicos e laboratoriais e orientar o melhor cardápio para você.