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Hormônio liberado pelos músculos durante os exercícios físicos pode ter efeito no coronavírus

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Um estudo feito pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, e publicado na revista Molecular and Cellular Endocrinology apontou que o hormônio irisina, liberado pelos músculos durante o exercício físico, pode modular os genes relacionados a maior replicação do novo coronavírus dentro das células.

A pesquisa descobriu que esse hormônio dentro de células adiposas diminui a expressão de genes importantes na reprodução do vírus em células humanas. Aparentemente, o tecido adiposo serve como repositório do Sars-Cov-2, vírus transmissor do COVID-19. Por isso, pacientes obesos têm mais risco de desenvolver complicações da doença e possuem níveis menores de irisina e maiores quantidades da molécula receptora do vírus, ACE-2 (angiotensina 2).

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Embora existam muitos mecanismos para a prevenção da obesidade, o desenvolvimento da doença só tem aumentado.  Nos últimos 30 anos entraram e saíram do mercado vários medicamentos para emagrecer e mesmo assim o sobrepeso continua preocupando. Uma das razões se deve ao aumento da produção de milho, soja, trigo e arroz, principais matérias-primas das comidas processadas, no pós-guerra, gerando uma baixa de custo desses alimentos. Com isso, países em desenvolvimento como o Brasil saíram do quadro de desnutrição e entraram na era da obesidade.

Além do aumento do risco das complicações da COVID-19, a obesidade causa maior incidência da hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, inflamação sistêmica e Alzheimer. A doença também enfraquece o sistema imunológico e causa envelhecimento precoce, pois aumenta o estresse oxidativo, favorecendo o encurtamento dos telômeros, tampas protetoras das extremidades dos cromossomos, favorecendo o declínio funcional e maior risco de morte.

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O estudo mostrou que a irisina produzida de modo endógeno durante o exercício físico contínuo tem a função de modificação metabólica do tecido adiposo branco. Esse tecido armazena triglicérides, lipídios, acumula gordura e pode ser inflamado. Assim, ele passa ter uma função similar ao tecido adiposo marrom, favorecendo muito o gasto energético e ajudando no tratamento e na prevenção de doenças metabólicas, como a obesidade. A irisina possui também a capacidade de modular o hormônio da atividade dos macrófagos, células de defesa do nosso sistema imune. Isso garante uma propriedade anti-inflamatória.

Além da prevenção das complicações do coronavírus, os exercícios físicos aumentam a disposição, melhoram o condicionamento físico e mental, auxiliam na concentração e na produtividade, previnem doenças como o diabetes, obesidade, câncer de mama e de cólon, diminuem a incidência de acidente vascular cerebral (AVC), fortalecem o organismo e a nossa musculatura, melhoram o funcionamento do coração e do sistema respiratório, aumentam a imunidade e beneficiam o bom humor, combatendo a depressão, a ansiedade e a insônia.

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Os exercícios físicos proporcionam bem-estar, aumentam a autoestima, ajudam no controle da fome, melhoram a resistência corporal e diminuem o risco de inúmeras doenças.  O ideal é que você faça um exercício que te dê prazer. Dança, corrida, musculação, esportes como vôlei ou futebol, enfim. O importante é sair do sedentarismo e se movimentar!

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