Essa foi a discussão trazida por uma matéria publicada no jornal The Guardian com infectologistas dos Estados Unidos e Reino Unido. Para eles, antes de tudo é necessário descobrir se os anticorpos produzidos pelo organismo após a infecção do novo coronavírus são capazes de fornecer algum nível de imunidade contra a doença e, caso positivo, por quanto tempo ela atua no corpo.
É bom lembrar que essa nova síndrome foi primeiramente relatada em Wuhan, na China, e rapidamente se espalhou pelo mundo, afetando um número cada vez maior de pessoas devido à alta transmissibilidade da doença. De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora, a cidade regista até o dia de hoje 6.887 casos suspeitos, 1.473 casos confirmados e 52 mortes por coronavírus.
Esse debate reforça a importância de falarmos do nosso sistema imune, responsável pela defesa do organismo contra agentes infecciosos. Esse sistema é constituído por dois tipos. A primeira é a imunidade inata presente desde o nosso nascimento. Ela apresenta resposta imediata contra os invasores, mas é limitada. Já a imunidade adquirida é específica e demanda tempo para se desenvolver, pois as células produzem anticorpos direcionados para esse vírus invasor. Os estudos mostram que no caso da COVID-19 demora cerca de 22 dias para o corpo começar a produzir os anticorpos contra o coronavírus. E se a resposta do organismo seja forte, podemos sim criar imunidade contra a doença.
Bruno Cavelucci, infectologista de Campinas, em São Paulo, afirma que o coronavírus vai se comportar como a H1N1, mais conhecida como “gripe suína”. Na época, a doença contaminou muitas pessoas, tendo uma taxa de mortalidade de 25%. Depois a população cria uma “imunidade de rebanho” (imunidade coletiva). Para que essa imunidade de rebanho seja alcançada, uma porção da população deve estar imune à doença (ou por ter sido contaminada ou por meio de vacina). Desta forma, a transmissão da doença é feita de forma mais lenta.
Já foram relatados alguns casos de reinfecção por coronavírus. Entretanto, eles não foram comprovados devido a possibilidade de erro por parte dos testes realizados na primeira constatação da doença. O mais importante no momento é cuidar do nosso sistema imunológico para prevenir a infecção. A nossa imunidade pode ser fortalecida por meio dos nossos hábitos diários; dormir bem – de 7 a 8 horas de sono por noite, tomar sol para enriquecer a vitamina D no organismo, ingerir bastante água e praticar exercícios físicos.
Devemos gerenciar o estresse, evitar o fumo, controlar o consumo de bebidas alcóolicas e, se possível, fazer sexo por pelo menos duas vezes por semana, pois isso também ajuda a aumentar as defesas do nosso corpo, segundo estudo da Universidade de Wilkes. A alimentação é uma grande aliada neste momento! Tenha uma dieta equilibrada rica em frutas, verduras e vegetais. Alimentos como o alho, frutas cítricas, nozes e amêndoas, peixes, azeite, couve e ovo são excelentes para fortalecer o organismo! Evite os industrializados, frituras, gorduras trans e açúcares. Se cuide!