A taioba, muito conhecida em Minas Gerais, é uma planta que apresenta vários benefícios para saúde. Em outras regiões do país, a planta é conhecida como: mangará, mangarito, orelha-de-elefante e taiá.
Parte da população ainda não faz uso por desconhecimento e cabe a todos nós ajudar na divulgação e incentivo ao consumo da taioba.
Atualmente, não é muito fácil encontrá-la nos mercados e feiras-livres. Por isso, deve-se investir tanto na produção quanto na maior distribuição do alimento. Tarefa para todos os interessados na boa saúde.
A versatilidade do uso da taioba é um fator que facilita o seu consumo, sendo consumida em saladas refogadas, vitaminas ou sucos verdes. Com criatividade podemos preparar bolinhos, crepes e também utilizá-la no recheio de outros pratos.
A folha da taioba é parecida com a couve, porém com folhas maiores. Sempre verifique a cor do talo, pois o tipo comestível é inteiramente verde. Quando o talo for roxo, não deve ser aproveitada para o consumo. É recomendado aquece-las, ou seja, as folhas devem ser cozidas ou refogadas.
A taioba é rica em fibras, o que vai ajudar na sensação de saciedade (importante nos processos de emagrecimento), na melhora do funcionamento do intestino e também na prevenção de câncer de intestino.
Os nutrientes encontrados na taioba são vitais para o organismo: o fósforo e o cálcio são importantes para os ossos e dentes; a vitamina C é antioxidante e também contribui com o fortalecimento do sistema imunológico; o ferro atua no transporte de oxigênio no sangue e quantidades baixas de ferro no organismo causam anemia, a visão é beneficiada com a presença da vitamina A e a vitamina B auxilia o sistema neurológico. Ou seja, sobram razões para a inclusão da taioba na dieta.
A taioba pode ser incluída entre as PANC’s, plantas alimentícias não convencionais, pouco conhecidas pela população e que na maioria das vezes são fontes ricas de nutrientes.
Anteriormente já escrevemos sobre ora-pronóbis, que é outro exemplo de PANC. Se pudermos aproveitar de forma mais consistente os benefícios do consumo dessas plantas, vamos obter resultados favoráveis com baixo custo e ainda valorizar a produção local de alimentos.
E, quando for viável, incentivar o cultivo de hortas caseiras, pequenas plantações e outras ações que também resgatam um pouco da nossa cultura. Finalmente, se o plantio seguir boas práticas, inclusive sem o uso de agrotóxicos, poderemos contar com variedade e qualidade. As plantas locais, nativas, geralmente são mais resistentes e podem dispensar a aplicação de agentes tóxicos.