O botulismo é uma doença rara, grave e não contagiosa, resultado da ação de uma potente toxina, produzida pela bactéria Clostridium botulinum. A origem do nome Botulismo está relacionada com “botulus”, que significa salsicha em latim. O registro refere-se ao surto ocorrido na Alemanha, em 1793, que envolveu cerca de 30 pessoas e levou seis a óbito, em decorrência do consumo de “blunsen”, que é um tipo de salsicha fervida e defumada.
É dividida em quatro tipos (alimentar, por feridas, infantil e colonização intestinal em adultos) e apresenta evolução rápida, com mortalidade elevada. Por isso, deve ser considerada como emergência médica.
Os sintomas iniciais são náuseas, vômitos e dor abdominal, que podem evoluir para uma paralisia muscular progressiva, provocando dificuldade na deglutição e também na fala. Além disso, pode comprometer as pálpebras, visão, músculos intercostais e do diafragma, levando a insuficiência respiratória e morte.
Algumas medidas podem ser adotadas na prevenção, como: não oferecer mel para crianças menores de 2 anos; e não consumir alimento cuja embalagem estava danificada, como lata amassada, estufada, enferrujada ou com prazo de validade vencido. A melhor forma para consumir alimentos enlatados ou em conserva é fervê-los antes do consumo. Cuidado redobrado também com picles, palmitos, conservas caseiras, produtos defumados e peixe cru.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico da doença, melhores serão as chances de êxito. Não espere o agravamento da situação. Procure imediatamente o serviço médico de urgência. Os surtos de botulismo são descritos em todas as partes do mundo. Buscar informações, melhorar as condições de manipulação e armazenamento de alimentos e manter a higiene dos locais são atitudes importantes no combate à doença.