Um estudo publicado no The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, que acompanhou 90 meninas de 8 a 15 anos de idade, durante quatro anos, apontou que a obesidade causa alterações hormonais que antecipam a menarca (nome dado à primeira menstruação). Embora essas meninas tenham um desenvolvimento mamário mais avançado do que as com o peso normal, elas apresentam a projeção da aréola mais tardiamente.
A obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o acúmulo excessivo de gordura corporal, que além de diminuir a expectativa de vida, aumenta o risco de morte prematura e reduz a vida útil em até 20 anos.
Em crianças e adolescentes ela costuma causar doenças cardíacas, diabetes, aumento da pressão arterial, além de problemas psicológicos, como ansiedade, depressão, diminuição da autoestima, sem contar que frequentemente sofrem bullying por estar acima do peso. É importante destacar que quando se fala em obesidade, não se trata apenas de questões estéticas e aparência, mas, sim, de bem-estar físico e emocional.
Causas
Embora exista predisposição genética para a obesidade, distúrbios hormonais e o uso de determinados medicamentos, as causas sempre envolvem o excesso de alimentação e a falta de atividade física. Os nossos ancestrais tinham dificuldades em conseguir e estocar os alimentos, por isso eles se alimentavam com produtos retirados diretamente da terra, da vegetação em geral e da carne proveniente da caça. Não havia agricultura e a caça nem sempre era possível. A agricultura transformou o homem nômade em sedentário, fixando o grupo em uma localidade e a produção de alimentos passou a ser mais regular. Com as políticas e técnicas agrícolas do pós-guerra, houve um aumento da produção de milho, soja, trigo e arroz – principais fontes de comida processada – ocasionando a diminuição do custo. Isso resultou, também, no ganho de peso e aumento da obesidade da população. Como se não bastasse, temos a mídia influenciando nas escolhas alimentares dos nossos adolescentes.
Outro estudo realizado pelo departamento de medicina da Universidade de Nova Iorque revelou que as celebridades da música, populares entre os adolescentes, são capazes de incrementar o consumo de produtos pobre em nutrientes e altamente calóricos, como os refrigerantes e fast-foods.
Tratamento
Mudança dos hábitos alimentares da família, sair do sedentarismo e estimular o esporte e outras atividades físicas.