No início da pandemia que estamos enfrentando sintomas como febre, falta de ar, tosse e insuficiência respiratória eram sinais de alerta para a COVID-19. Porém, segundo um estudo publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, cada vez mais fica evidente que a SARS-CoV-2 pode ocasionar sintomas como a perda do olfato, convulsões, confusões mentais e paralisa. Para os pesquisadores, no futuro os pacientes que testarem positivo para a doença poderão desenvolver problemas neurológicos, como Parkinson, Alzheimer e derrames cerebrais.
Esses danos foram classificados em três estágios. No primeiro estágio, o vírus afeta as células epiteliais do nariz e da boca, ocasionando perda transitória de olfato e apetite. No segundo estágio o vírus desencadeia um fluxo de inflamação chamado de Tempestade de Citocinas, começando a afetar os pulmões e seguindo pelo sistema circulatório até vários órgãos do corpo. Esse fenômeno provoca a formação de coágulos sanguíneos que poderão causar derrames cerebrais.
Já no terceiro estágio ocorre o nível extremo de Tempestade de Citocinas que vai danificar a barreira hematoencefálica, ou seja, a camada isolante protetora dos vasos sanguíneos do cérebro. Com isso, os pacientes podem desenvolver confusão mental, convulsões, coma e encefalopatia.
O estudo mostrou que em alguns casos os indivíduos podem apresentar esses sintomas neurológicos antes de manifestar os sintomas mais comuns da COVID-19, como tosse, febre ou falta de ar. Além disso, os infectados pelo vírus podem sentir fraqueza muscular, dificuldade de ficar de pé ou caminhar.
A longo prazo, o vírus pode permanecer dentro dos neurônios e levar à degeneração cerebral décadas mais tarde, favorecendo o aparecimento de doenças como Parkinson e Alzheimer, insônia, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, diminuição da memória e o envelhecimento acelerado do cérebro.
Jovens saudáveis estão suscetíveis à doença, mas o grande grupo de risco são os indivíduos com diabetes, hipertensão e obesidade. Vale ressaltar que a obesidade é uma doença crônica que muitas vezes vem acompanhada por outras doenças, como diabetes, hipertensão arterial, problemas cardíacos e respiratórios. Além disso, ela provoca alterações hormonais que levam a estados inflamatórios permanentes, propiciando complicações, principalmente, no tratamento contra o coronavírus.
Os pesquisadores responsáveis pela pesquisa recomendam para os indivíduos que estão se recuperando da COVID-19 a prática de exercícios físicos regularmente, redução do estresse, melhora na qualidade do sono e alimentação saudável. Sendo assim, deve-se evitar o consumo de fast foods, comidas industrializadas e bebidas alcoólicas. Dê preferência para refeições nutritivas a base de legumes, frutas e vegetais orgânicos temperados com ervas naturais, como pimenta, açafrão e gengibre. A água também deve ser consumida a fim de manter o corpo hidratado, no mínimo 2 litros por dia.