Diverticulite, ou doença diverticular do cólon, como também é conhecida, é a inflamação ou infecção de uma ou mais das pequenas bolsas ou saliências que se formam a parede do intestino – que são os divertículos – que podem causar perfurações na parede intestinal contaminando o abdômen. Quando não apresenta sintomas é chamada diverticulose (cerca de 80% dos casos). É mais comum após os 40 anos e cerca de 1/3 das pessoas acima dos 45 anos apresentam o distúrbio.
Causas
Podem ser predisposição genética, envelhecimento, tabagismo, sedentarismo, uso frequente de medicamentos, como antiinflamatórios, prisão de ventre, obesidade, uma hidratação deficiente e a alimentação. Essa dieta da civilização ocidental, que é rica em carboidratos refinados e pobre em fibras.
Sintomas
A maioria dos pacientes permanece sem sintomas, podendo esporadicamente apresentar uma cólica abdominal, gases e prisão de ventre, mas quando agrava, os sintomas são dores abdominais, principalmente à esquerda, mal estar, distensão abdominal, alteração dos hábitos intestinais e, nos casos mais graves, dores intensas, náuseas, vômitos, diminuição do apetite, febre com calafrios e sangue nas fezes.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio da ultrassonografia e tomografia de abdômen para detectar a presença e inflamação de divertículos; exame de sangue (hemograma, proteína C reativa) e colonoscopia (que permite visualizar o intestino internamente por meio de um tubo flexível introduzido pelo ânus). Entretanto, ele não pode ser feito no momento da crise, pois pode perfurar os divertículos e agravar o quadro.
Nos casos leves o indicado é analgésicos e antibióticos por via oral, repouso, hidratação e uma dieta para poupar o intestino.
Mas, às vezes é preciso internar para fazer a medicação venosa. Em situações mais graves pode haver perfuração dos divertículos inflamados, quando ocorre um acúmulo de pus nos divertículos aumentando o risco de inchar e se romper, contaminando o abdômen com fezes e micro-organismo, podendo causar peritonite. Nesses casos, o tratamento é cirúrgico.
Alimentação
Devem ser evitados alimentos com sementes, frituras, refrigerantes, embutidos, processados, leite, feijão, vegetais crus, açúcar e doce em geral, além das carnes vermelhas.
Prevenção
Manter o peso adequado, não fumar e nem abusar do álcool, fazer atividade física regularmente, manter uma ingestão adequada de água, aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, que ajudam a formar o bolo fecal, como verduras, legumes, grãos integrais, frutas com bagaço ou então aquelas que podem ser ingeridas com a casca.