A hanseníase, que foi descoberta pelo médico norueguês, Gerhard Armauer Hansen, também é conhecida como lepra, mal de Hansen, mal de Lázaro e morfeia. É uma doença conhecida há milênios pela humanidade, e por muito tempo, em parte por preconceito e falta de informação, os portadores da doença, além de sofrerem com os sintomas da doença, ainda padeciam com o isolamento, a exclusão da vida social e até mesmo eram associados com ideias de impureza e pecado.
Há relatos bíblicos sobre a doença, e segundo estudiosos existem menções sobre a lepra em hieróglifos que datam de 1350 A.C. Em alguns lugares, mais comumente na Idade Média, os portadores da doença eram obrigados a andar com guizo ou sino, para avisar de sua presença. Também tinham suas vestes e seus pertences queimados.
Infelizmente, o Brasil ocupa uma posição muito ruim no tocante à hanseníase, pois é o país com o maior de número de casos na América Latina. Em nível mundial, a situação também é negativa.
A Hanseníase é uma doença contagiosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio de secreção nasal e da saliva; beijo, espirro e tosse, conversa em condições que potencialmente o bacilo pode ser transmitido.
O tempo de incubação pode levar anos e alguns sintomas indicam a manifestação da doença, como: dormência ou formigamento nos membros superiores e inferiores, aparecimento de manchas arredondadas, mais claras que a pele, alteração na secreção de suor, dor, diminuição de pelos e espessamento dos nervos dos locais afetados, fraqueza nos músculos, lesões e feridas em diferentes partes do corpo e perda de sensibilidade.
Existem vários tipos da doença e são classificados de acordo com a resposta do organismo à presença do agente agressor. Confirmado o diagnóstico, o tratamento vai demandar um período de tempo que pode variar de forma considerável, mas a doença que pode ser curada.
Quanto mais cedo feito o diagnóstico, menos sofrimento e danos ao corpo do paciente. Portanto, deve-se ter atenção aos sintomas e procurar assistência médica especializada o mais rápido possível, e nunca abandonar o tratamento.
As condições de saúde das pessoas, o sistema imunológico em boas condições e bons hábitos de higiene ajudam na prevenção da doença. Por outro lado, as condições precárias de higiene e habitação, aliadas a ambientes quentes e úmidos, propiciam situações ideais para proliferação do agente da doença.
Então, podemos tomar algumas atitudes para evitar a disseminação da doença e também preservar nossa saúde, como: manter a higiene dos locais, melhorar a moradia das pessoas, divulgar informações sobre a doença e incentivar a procura por tratamento médico. E, primordialmente, combater todo e qualquer tipo de discriminação contra as pessoas portadoras. Elas precisam de tratamento e atenção.
A alimentação também é um fator importante no processo de prevenção da doença, e até certo ponto está sob nosso controle. Uma alimentação rica em nutrientes essenciais, balanceada e voltada para nossas necessidades específicas colabora para o fortalecimento de nosso sistema imunológico e resistência aos agentes agressores, como no caso da Hanseníase. Desnutrição, subnutrição são condições que prejudicam o organismo e de certa forma abrem portas para variadas doenças.