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Transplante fecal pode recuperar a microbiota intestinal do paciente

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O transplante fecal consiste em introduzir fezes de uma pessoa saudável, no cólon de uma pessoa doente, visando a recuperar a microbiota intestinal do paciente. Microbiota intestinal, antigamente chamada de flora, são os microrganismos, como bactérias, vírus e fungos, que habitam o trato gastrointestinal e têm como função manter a integridade da mucosa, as saúde da parede intestinal e controlar a proliferação de bactérias patogênicas, que são consideradas perigosas.

O procedimento consiste, basicamente, em coletar as fezes do doador e após elas serem preparadas e processadas, introduzir no intestino do paciente, por meio de uma sonda nasogástrica, mas, normalmente, via colonoscopia e pode ser necessária mais de uma dose.

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Recentemente foi divulgada a aprovação nos Estados Unidos, pelo FDA, do medicamento Rebyota, que é o primeiro produto de transplante fecal, produzido em laboratório, com 150ml de bactérias coletadas de pessoas saudáveis. Ele é aplicado em dose única, por meio de um tubo, que é inserido no ânus. Esse transplante é utilizado para o tratamento de várias patologias, mas, principalmente, para tratar infecção intestinal grave, causada pelo clostridioides difficile, que só nos Estados Unidos causa entre 15 mil e 30 mil mortes por ano. Mas também é usado para tratamento de Doença de Crohn, síndrome do intestino irritável, doenças neurológicas como esclerose múltipla, Parkinson, Alzheimer, também para depressão, obesidade e até autismo.

Apesar de ser uma técnica usada há vários anos, e ser simples e barata, no Brasil, o transplante fecal só é liberado no caso do tratamento de infecções intestinais graves.

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Além disso, sabemos que a alimentação é o principal fator modulador da microbiota intestinal. Alimentos com elevados teores de gordura saturada e poli-insaturada (dieta junkfood), típica dos padrões alimentares ocidentais, cria um ambiente propício para o desenvolvimento de bactérias patogênicas. E a ingestão de frutas e hortaliças favorece a proliferação de bactérias saudáveis, porém, essa resposta pode ser lenta. Como em algumas situações precisamos de uma resposta mais rápida, o transplante de fezes é uma maneira rápida, natural e efetiva de equilibrar a microbiota intestinal.

A microbiota intestinal melhora a digestão, estimula o sistema imunológico, auxilia na produção de vitaminas, como a vitamina B1, B2, B12, a vitamina K e do triptofano, que é aquele precursor da serotonina e da melatonina.

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Além da alimentação e do abuso de bebidas alcóolicas, o que causa o desequilíbrio da microbiota intestinal, que a gente chama de disbiose, é o estresse e o uso de antibióticos.

Principais diferenças

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Prebióticos são componentes alimentares não digeríveis, principalmente as fibras, que alimentam e promovem o crescimento dos probióticos que são bactérias benéficas da microbiota intestinal. Alimentos prebióticos são o Kefir, Kombucha, picles, vinagre de maçã, chucrute, chocolate amargo e a biomassa de banana verde, entre outros.

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