Sonolência, alterações de humor, déficit de atenção, indisposição e falta de apetite nos primeiros dias da adaptação podem ser reduzidos a partir da alimentação.
Neste ano, o horário de verão deve gerar mais discussão do que economia de energia propriamente dita. Alguns estudos indicam que houve uma mudança no “horário de pico”, em função de vários fatores, entre eles, a compra de aparelhos de ar-condicionado que são ligados no período da tarde. E, parece que quem deve pagar o preço disso tudo é a população, pois vai sentir prejuízos na saúde e qualidade de vida.
A diminuição do período de sono pode acarretar vários problemas de saúde, como: estresse; alteração de índice de glicose; aumento da irritabilidade; sonolência diurna; problemas com a memória; estado de prontidão; e até um aumento de casos de depressão e infarto agudo do miocárdio.
Pelo o que está exposto, convenhamos que seja um preço alto a ser pago. Melhor dizendo: mais do que um preço alto é um valor retirado de nossa saúde, que vai se refletir por vários anos na qualidade de vida. Fica difícil mensurar o custo total da adoção do horário de verão frente a tantos inconvenientes.
Existe a alegação sobre a condição fragilizada de fornecimento de energia no país, visto escassez de chuvas, baixas nos reservatórios e outras ocorrências. O que precisa ser considerado também é o custo social envolvido. A alteração de rotina das pessoas potencialmente gera mais transtornos e perdas do que a suposta economia advinda da adoção do horário de verão.
Porém, podemos contornar de certa forma o problema, bebendo água regularmente (se for possível, incluir água de coco), cuidando bem da alimentação, consumindo variedades de frutas, legumes e verduras. Além disso, também é aconselhável evitar jantares pesados e usar alimentos calmantes como chá de camomila.
E, também ingerir alimentos que possuem triptofano, aminoácido precursor da serotonina, neurotransmissor, que ajuda na regulação do humor, do sono e da melatonina, hormônio ligado ao ciclo cicardiano. São eles: peixes (sardinha e atum), ovos, castanhas, nozes, amêndoas, sementes de girassol e de abóbora, alface, abacaxi e banana.
Em vigor desde 1985, o horário de verão é um caso típico da falta de planejamento de longo prazo. Então, vamos tomar providências para tornar menos sofrível o processo de adaptação e trabalhar para obtermos melhores condições para o próximo ano, que dispense a adoção do horário de verão.