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Saiba tudo sobre a nova injeção de emagrecimento

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No início do ano a Anvisa autorizou uma nova medicação para tratamento da obesidade, que é da farmacêutica Novo Nordisk. O objetivo é tratar essa doença crônica, que é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um acúmulo excessivo de gordura corporal, que além de diminuir a expectativa de vida, aumenta o risco de morte prematura e reduz a vida útil em até 20 anos.

Embora exista uma predisposição genética, distúrbios hormonais e o uso de determinados medicamentos, as causas da obesidade envolvem sempre o excesso de alimentação e a falta de atividade física. A obesidade favorece o aparecimento de outras doenças como diabetes, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e aumenta a incidência de câncer. Estudos indicam que 35% dos cânceres estão ligados à obesidade.

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Além disso, a obesidade também aumenta a incidência de Alzheimer, de gota, problemas respiratórios, articulares, depressão, diminui a autoestima e gera um isolamento social.

O melhor tratamento é fazer uma mudança no estilo de vida, melhorando a alimentação, além de atividade física regularmente. Em alguns casos, é necessário lançar mão de alguma medicação.

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A nova medicação é o primeiro produto biológico aprovado no Brasil de uso semanal. O Wegovy, que é a semaglutida de 2,4mg, é um medicamento que atua como um agonista do receptor GLP1, com 94% de semelhança ao hormônio humano GLP1, que é produzido naturalmente após a refeição e dá a sensação de saciedade ao cérebro.

Ela atua como um inibidor de apetite, reduz a fome e aumenta a saciedade. Isso contribui para que a pessoa coma menos e, então, ela vai ter uma diminuição da ingestão de calorias, levando a uma perda de peso corporal. O preço ainda não está definido pelos órgãos responsáveis. Nos EUA custa, em média, U$1.400,00 (pouco mais de R$7 mil para uma caixa suficiente para o uso durante 28 dias), ou seja, um mês de tratamento. A expectativa é a de que ela esteja disponível para venda no Brasil a partir do segundo semestre.

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Essa medicação é indicada para pacientes com IMC acima de 30, no caso obesidade, ou pacientes com IMC acima de 27, mas que tenham, pelo menos, uma comorbidade, como uma pré-diabetes, ou mesmo diabetes, hipertensão arterial, apneia do sono, dislipidemia ou doenças cardiovasculares.

Importante destacar que a semaglutida já foi aprovada pela Anvisa em 2018, para o tratamento de diabetes tipo 2, por meio de um medicamento chamado Ozempic. A diferença entre o Ozempic e o Wegovy está na dose e no formato dos dispositivos. A caneta de aplicação do Wegovy é mais moderna e a agulha é embutida.

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Os efeitos colaterais geralmente são leves e transitórios. Pode ocorrer irritação no local de aplicação, distúrbios gastrointestinais como náuseas, vômitos, diarreia ou prisão de ventre, dor ou distensão abdominal, gases, sensação de tonteira ou cansaço e, segundo a literatura, embora raro, pode levar ao desenvolvimento de pancreatite. Ela é contraindicada para grávidas, mulheres que estão amamentando e não é recomendada para crianças e adolescentes com menos de 18 anos.

Segundo os estudos, a semaglutida, quando associada a uma alimentação saudável e a prática de atividade física, garante uma redução de 17% de gordura corporal em pouco mais de um ano e, além disso, ajuda a diminuir a hemoglobina glicosada, os triglicérides, a pressão arterial e a circunferência abdominal. Sempre lembrando que a medicação sozinha não faz milagre, tudo é associado a uma mudança no estilo de vida. Tem que melhorar a alimentação, sair do sedentarismo e fazer atividade física regular.

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