Atualmente somos constantemente bombardeados por mensagens que quase sempre estimulam o consumo de alimentos ricos em carboidratos. Nos pontos de vendas são inúmeras as promoções para alavancar a compra desses mesmos alimentos. Muitos produtos apresentam embalagens atraentes, bem expostos nas prateleiras, prontos para o consumo, de fácil transporte e armazenagem. Praticidade e comodidade que cobram um preço alto.
Devido ao elevado consumo de carboidratos, a população apresenta cada vez mais doenças como obesidade, diabetes, síndrome metabólica, câncer, entre outras. É preciso considerar que quanto mais carboidrato você consumir, na mesma proporção mais insulina vai ser liberada pelo pâncreas para “quebrar” as moléculas. Essas moléculas são absorvidas velozmente, e a insulina liberada continua na corrente sanguínea, numa forma de “espera” por mais alimentos. Daí, temos aquela situação de “bater a fome de novo”.
Uma alimentação mais natural, pobre em carboidratos refinados (açúcares, pães, biscoitos, massas), rica em proteínas (ovos e carnes) e gorduras boas (coco, azeite, peixes, abacate e sementes) tem se mostrado eficaz na prevenção e tratamento de doenças crônicas, além de melhorar a disposição e a qualidade do sono. Existem ácidos graxos essenciais (gordura) e aminoácidos essenciais (proteínas), mas não existe carboidrato essencial, e mesmo assim é o macronutriente mais abundante na dieta atual.
A humanidade aderiu ao alto consumo de carboidratos por uma série de razões. Mas, é preciso reconsiderar essa escolha e reformular nosso padrão de ingestão de alimentos. Um dos resultados nefastos dessa alta no consumo pode ser constatado de forma bem direta.
No Brasil, a obesidade cresceu 60%, nos últimos 10 anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma em cada cinco pessoas está acima do peso. A prevalência da doença que era de 11,8% em 2006 alcançou 18,9% em 2016. Números altamente preocupantes.
A partir do momento que mudamos as diretrizes alimentares e diminuímos o consumo de gorduras (boas) e aumentamos a ingestão de carboidratos, nos tornamos mais doentes. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de diabéticos no mundo, que era de 108 milhões em 1980, subiu para 422 milhões em 2014.
Os números são trágicos e a doença está espalhada por todos os cantos. Não existe região livre desse problema. E também atinge todas as classes econômicas. De fato, uma situação ruim e com tendência de piorar, se nada for feito imediatamente.
O primeiro passo é o reconhecimento do problema por parte de cada um, e então procurar um médico especialista para um diagnóstico sobre a situação geral do organismo. Só é iniciada uma nova dieta mediante diagnóstico, avaliação e também acompanhamento constante. Não se deve simplesmente trocar alimentos de forma aleatória. O nosso corpo tem demandas únicas e que devem ser respeitadas.
Uma alimentação Low Carb melhora a hipertensão arterial, a síndrome metabólica e o funcionamento do intestino, aumentando ainda a saciedade, levando a um emagrecimento saudável. Mais do que uma dieta, pode ser encarada como um dos pilares na busca de um estilo de vida saudável, que visa reintroduzir “alimentos de verdade” na nossa alimentação.