No dia 1° de novembro foi celebrado o Dia Mundial do Veganismo. É importante destacar que o veganismo é mais do que uma dieta, é um estilo de vida que visa proteger os direitos dos animais.
Os adeptos, além de não comerem, não usam nenhum objeto de origem animal, como roupas, bolsas e sapatos de couro e lã, além de produtos de beleza e higiene, testados em animais. Eles também não participam de qualquer diversão às custas da exposição animal, como aquários e zoológicos, por exemplo.
Já o vegetarianismo é um regime alimentar que retira do cardápio todos os tipos de carne, mas existem algumas variações:
Ovolactovegetariano: não come carne, mas come ovos, leites e derivados;
Lacteovegetariano: não come carne nem ovos, mas consome leites e derivados;
Ovovegetariano: não come carne, nem leites e derivados, mas consome ovos;
Vegetariano: não come carne nem ovos e laticínios;
Uma variação que vem ganhando novos adeptos são os flexitarianos. São pessoas que diminuíram o consumo de produtos de origem animal, mas não cortaram definitivamente do prato. Eles se tornaram flex, ou seja, eventualmente consomem proteínas de origem animal. Essa é uma opção muito interessante para quem quer se tornar vegetariano, a médio e longo prazo.
Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira mostrou que 46% dos brasileiros não consomem carne pelo menos uma vez por semana, sendo que 32% priorizam a opção vegana em restaurantes. Também foi registrado um aumento de 75% de pessoas vegetarianas nos últimos anos, passando de 8%, em 2012, para 14% da população brasileira, em 2018.
Ao longo dos anos, várias pesquisas vêm mostrando os benefícios desta dieta. Um estudo publicado pela revista BMJ Nutrition, Prevention & Health, aponta que vegetarianos têm 73% menos chance de apresentar sintomas moderados a severos de Covid-19.
De acordo com os pesquisadores, essa dieta melhora o sistema imunológico, aumentando a produção de anticorpos, proliferação de linfócitos e a redução do estresse oxidativo.
Um estudo Chinês, publicado na Revista Scientific Reports, mostrou a menor incidência de infecção do trato urinário em pessoas que não consomem carne. Além disso, a dieta vegetariana diminui a síndrome metabólica, a incidência de diabetes, a pressão arterial, o risco de problemas cardíacos, renais, de pedra na vesícula e previne alguns tipos de câncer, principalmente o de intestino.
Ela também diminui a incidência de obesidade e aumenta a expectativa de vida. Sem contar que é super benéfica para o meio ambiente, uma vez que o cultivo de proteínas vegetais usa 11 vezes menos energia do que a produção de proteína animal. Diminui a emissão de gases de efeito estufa, bem como o uso da água e da terra. Mas, como tudo na vida, se ela não for bem orientada pode causar complicações, como anemia, desnutrição, diminuição da imunidade, queda de cabelo e até o envelhecimento precoce.
Portanto, antes de iniciar qualquer mudança no seu estilo de vida, procure o seu médico para que ele possa orientá-lo melhor.