A psoríase é considerada a doença autoimune mais comum nos EUA – acometendo cerca de 7,5 milhões da população. Ela está frequentemente associada a outras doenças, como diabetes, obesidade, dislipidemia, doenças cardiovasculares ou doenças inflamatórias do intestino e cerca de 40% dos pacientes vão desenvolver artrite psoriásica.
A psoríase pode ter início em qualquer idade, mas é mais comum antes dos 30 e após os 50 anos. Homens e mulheres são atingidos na mesma proporção. Acredita-se que seja genética, ou seja, filhos de pessoas com psoríase vão ter 30% mais chance, mas desencadeada por fatores ambientais, como o inverno, medicamentos (betabloqueadores, anti-inflamatórios), fumo, depressão e o estresse.
Estudos mostram que pacientes com psoríase apresentam hábitos alimentares desequilibrados, com uma maior ingestão das gorduras trans. (ruins), de carboidratos refinados; carne vermelha e álcool, além de uma menor ingestão de gorduras boas, proteínas, vegetais e fibras. Esses hábitos alimentares podem estar relacionados à incidência ou à gravidade da psoríase e a nutrição influencia o desenvolvimento e o progresso da psoríase e as suas comorbidades.
Apesar de não ser contagiosa, a psoríase é uma doença visível, que causa impacto na qualidade de vida, podendo afetar as atividades laborais e de laser, como frequentar a academia, piscina, ir a uma festa, eventos sociais, vestir uma determinada roupa ou até mesmo na hora de fazer o sexo.
Existem vários tipos
– Placas ou vulgar: manifestação mais comum da doença. Forma placas secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Elas acometem, principalmente, os antebraços, pernas, couro cabeludo e ao redor do umbigo;
– Gutata: são lesões em forma de gotas;
– Pustulosa: nesta forma de psoríase, podem ocorrer manchas, bolhas ou pústulas (pequena bolha que parece conter pus);
– Inversa: são manchas avermelhadas nas dobras;
– Eritrodérmica: é o tipo menos comum. Acomete todo o corpo com manchas vermelhas que podem coçar ou arder intensamente, levando a manifestações sistêmicas.
-Artropática: além da inflamação na pele e da descamação, a artrite psoriática, como também é conhecida, causa fortes dores nas articulações. Afeta mais comumente as articulações dos dedos dos pés e mãos, coluna e juntas dos quadris e pode causar rigidez progressiva e até deformidades permanentes. Também pode estar associada a qualquer forma clínica da psoríase.
Diagnóstico
É importante frisar que não existe um exame específico para diagnosticar a doença, só através do exame físico e dos sintomas.
Tratamento
Se o paciente estiver acima do peso, é preciso emagrecer. A obesidade é uma doença inflamatória, que propicia o desenvolvimento da psoríase. Cada vez mais a gente vê a importância da vitamina D em tudo, inclusive, no tratamento da psoríase. Então é fundamental tomar sol, fazer atividade física, evitar fumar, abuso de álcool, cuidar da alimentação e tentar, na medida do possível, gerenciar o stress.
Também é indicado evitar o glúten, os açúcares, a carne vermelha, as gorduras trans, embutidos, enlatados, conservantes e corantes.
É preciso usar alimentos ricos em Ômega 3, que tem ação anti-inflamatória (como a semente de linhaça, chia, peixes gordos, azeite de oliva); alimentos ricos em selênio (ovos, aves e grãos), vitamina B12 (peixes, ovos), vitamina A (cenoura, espinafre, gema de ovos) e água, para manter a pele hidratada.
Os pacientes com psoríase estão associados à disbiose intestinal. Com isso, é fundamental fazer o uso de alimentos prebióticos (como kefir, kombucha, chocolate amargo e massa de banana verde) que alimentam e promovem o crescimento dos probióticos (bactérias benéficas da microbiota intestinal).