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Tudo passa!

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Vocês já sentiram o alívio do que é ter a compreensão de que tudo passa? É verdade! Tudo passa! Aqueles dias mais quentes passam, da mesma maneira que os dias mais friorentos. A dor também passa. Lembra do joelho ralado que, quando criança, a gente achava que iria doer para sempre? Passou. Até a dor na alma, como alguns dizem, que é sempre mais dolorida, passa, porque, para ela, o tempo é o melhor remédio. O amor, que é coisa boa, também passa, mas, quando fica e dura, é melhor.

Passamos anos dividindo nossa existência com um grupo de pessoas, compartilhando acontecimentos, intimidades, dúvidas e sonhos. E, enquanto essa convivência está sendo partilhada, a impressão que temos é de que será para sempre. Há uma certeza de que seríamos inseparáveis. Mas passa. Algumas dessas pessoas tornam-se completas desconhecidas. Outras se perdem no meio do caminho ou até fazem questão de nunca mais serem encontradas.

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Então, o que nos resta é manter os olhos bem abertos e agarrar com força as oportunidades que aparecem. Sabemos que não é fácil. Às vezes, bate o desespero e, por isso, é bom lembrar que tudo passa. Um amigo uma vez me disse que “nestas horas, é melhor ser como passarinho, que observa tudo do alto”. Sim, porque, se a gente olhar de cima, nem tudo que parece tão desordenado, no calor da hora, é de fato. Deixar a cabeça esfriar e enxergar por outros ângulos pode dar novo sentido às coisas. Aquilo que era tão caótico pode ser nada depois que a poeira abaixar.

Estou escrevendo essa crônica de hoje pensando na pandemia e em tudo o que vivemos até aqui neste período em que muitos se mantiveram isolados. Repararam na sensação de que os dias parecem passar mais rápidos? Fica até difícil notar o que está acontecendo com o outro, e, às vezes, dentro da gente também, porque estamos no automático. Amanhã já é outubro, e entramos na reta final de 2021. Foram meses de insegurança e também de receio do que estava por vir. Houve perdas em todos os sentidos, as mais tristes foram as vidas daqueles que já não estão mais aqui.

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Neste espaço, escrevi diversas vezes sobre a pandemia e sobre seus impactos. Houve uma mescla de reflexões otimistas e pessimistas sobre como sairíamos disso. No começo dessa crise sanitária e de tantas outras crises que vieram junto com ela, como já pontuei aqui, minha compreensão me levava a acreditar que nós, enquanto seres humanos, sairíamos um pouco melhor disso tudo, porque tudo o que o vírus nos fez seria uma maneira de deixar nossa humanidade à flor da pele. Ainda espero por isso, apesar de todas as mazelas que temos vivenciado. Penso assim confiando na máxima de que tudo passa. Até esse texto passa. Passou!

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