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A palavra é “vacina”

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Ao ler alguns sites de notícias, deparei-me com a informação de que “vacina” foi eleita a palavra do ano de 2021 pelos brasileiros. A expressão foi escolhida por 22% dos entrevistados como a que mais representou o ano que está prestes a acabar. O apontamento surgiu de uma pesquisa que ouviu cerca de 1.200 brasileiros, realizada pela consultoria Cause e pelo Instituto Ideia.

Em segundo lugar, os entrevistados escolheram a palavra “esperança”, com 17% das preferências, seguida por “saúde” e “recomeçar”. A mesma notícia ainda trazia a informação de que essa apuração brasileira coincide com a palavra do ano eleita pelo dicionário Oxford (de língua inglesa): “vax”, uma abreviação para vacina que, segundo a publicação, foi usada 72 vezes mais este ano em relação a 2020.

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Não é surpresa que o resultado tenha sido assim, uma vez que a vacina alimentou o desejo do fim da pandemia para milhares de pessoas, no Brasil e no mundo. Já tenho ouvido por aí, inclusive, “feliz vacina, para você”, como felicitação de fim de ano. É certo que a vacinação não encerrou de vez todas as nossas incertezas, principalmente por aqui, onde a situação é agravada pelo campo da política, que ora se encontra cheio de dúvidas.

Mas já estar entre os vacinados nos traz algum tipo de tranquilidade. Dados da Info Tracker, plataforma de dados da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), mostram que, desde março, quando a segunda dose do imunizante passou a ser aplicada entre os brasileiros, as mortes pela doença despencaram 94%.

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É uma pena que não seja possível sentir um alívio absoluto, porque ainda há aqueles que não se vacinaram, sustentando uma visão negacionista sem compreensão do bem coletivo. Infelizmente, na Europa, os cientistas já falam em uma pandemia de não vacinados, diante do aumento de casos de Covid-19 em países como Alemanha, França e Dinamarca. Situação preocupante e que serve de alerta para a necessidade de todas as pessoas vacináveis aderirem à imunização.

Lembrei-me do dia em que tomei a primeira dose, no ginásio do Sport Club, depois de ficar na fila não me aguentando de tanta ansiedade. Não cheguei a postar uma foto, como muitos fizeram. Até fiz o registro, porém, em razão da falta de iluminação, a imagem não ficou digna de postagem, mas ficará guardada no meu arquivo pessoal como a lembrança de um dia importante. Sei que a pandemia entrará para os livros de História, que contará, para as novas gerações, as consequências de um vírus letal que, rapidamente, espalhou-se pelo mundo.

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É bom saber que a palavra “vacina” ficou em primeiro lugar, o que demonstra um clima mais positivo entre os brasileiros. Em 2020, a mesma pesquisa apontou a palavra “luto” e, em 2019, a palavra “dificuldade”. A vacina, no contexto atual, nos possibilita fazer uma leitura mais otimista do que está por vir. Repleto desse sentimento, quero desejar a vocês, leitores e leitoras, um Natal feliz, dentro das nossas possibilidades e do que é permitido pelos protocolos. Que voltemos a acreditar na renovação dos ciclos, com a esperança de que a vida seja melhor para todos!

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