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Informação confiável, pandemia e empatia

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O coronavírus é o assunto da vez. E que bom que ele seja, pois esse tipo de crise envolvendo a saúde pública também se combate com informações responsáveis e precisas. Em meio a tantas fakes news, distorcendo os fatos a respeito dessa pandemia, a população precisa de informação correta e confiável para se manter segura. O coronavírus nos deu a oportunidade de testemunhar que estamos vivendo um momento em que a pesquisa científica e a procura por notícias, a propagação da desinformação e a dispersão de um vírus acontecem de forma muito rápida. Isso nos impõe a estar informados acerca do que acontece no mundo e, claro, sempre buscar pelo jornalismo que se pauta pela veracidade dos fatos, pelo seu compromisso social e que não contribua para o pânico.

Saber se informar num momento de crise é fundamental para que se tenha a medida correta do que está ocorrendo e adotar ações que não vão comprometer a nossa segurança individual e de quem está ao nosso redor. É importante ter isso em mente, porque, provavelmente, seremos compelidos, em algum momento, a uma situação que nos exigirá escolhas. Estou pensando nisso, porque, nesta semana, fui surpreendido pela notícia de que um homem do Tennessee, nos Estados Unidos, tornou-se alvo de desprezo depois de comprar quase 18 mil frascos de desinfetantes para as mãos, com o objetivo de estocar e vender mais tarde por preços mais altos.

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Ele foi flagrado pelas autoridades e terá que enfrentar algumas sanções por ações para manipular preços. O americano contou que queria lucrar com o pânico do público diante da pandemia do novo coronavírus, mas, como foi descoberto, teve que fazer a doação dos produtos. Essa situação serve-nos de exemplo de como haverá sempre aqueles que irão tentar tirar proveito do caos, muitas vezes corroborado pelas notícias falsas. Não só isso, pois as inverdades levam algumas pessoas a uma visão deturpada dos fatos, a ponto de acharem razoável traçar estratégias para comprar, em exagero, álcool em gel, papel higiênico e outros produtos de supermercado, com o objetivo de assegurar uma pseudo segurança e comprometendo a de outros.

O diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, recentemente, disse: “É hora para fatos, não para o medo. Para a ciência, não para rumores. Para a solidariedade, não para o estigma”. Ele está coberto de razão, porque o temor, resultado das informações falsificadas, leva ao egoísmo, à falta de empatia. Minha esperança é de, quando o coronavírus passar, tenhamos aprendido alguma coisa com ele sobre nossa humanidade.
Agora também é hora de pensar nos outros. É preciso lembrar-se, por exemplo, dos trabalhadores que dependem de diárias para sobreviver e estão extremamente impactados com essa crise sem saber como garantir uma remuneração. Nos parentes e amigos, conhecidos e até desconhecidos que irão necessitar de algum tipo de ajuda agora e depois da pandemia. O mundo, tão vasto, cada vez mais, pode ser comparado a uma aldeia, já que a distância foi encurtada pelas tecnologias de comunicação e pelas viagens internacionais, cada vez mais acessíveis quando se compara com anos atrás.

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É preciso solidariedade para que, no futuro, quando olharmos para esse passado, possamos entender que, apesar dos pesares, aprendemos algo de positivo sobre nossa relação com os outros. E para finalizar, só gostaria de repetir que lavar as mãos é um ato de necessidade e compaixão!

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