Site icon Tribuna de Minas

Conheça novo espaço de diversão em Juiz de Fora

PUBLICIDADE

À medida que o mundo virtual vem dominando a rotina, experiências não virtuais e de contato pessoal tornam-se mais raras, e, por isso, valorizadas. Esse é um hábito necessário de se ter principalmente com as crianças, que ainda estão descobrindo o mundo e a si próprias. A terapeuta cognitiva comportamental Milena Magiolo, 27, atende a área da infância e alerta para o fato de jogos e apps para celulares terem o lado de despertar a atenção e, em alguns casos, provocar o aprendizado, se utilizado com cuidado e sabendo escolher quais desenvolvem habilidades. Proibir o uso não é o caminho, mas saber naturalmente conduzir as crianças para uma infância mesclada com experiências diversificadas ajuda na boa formação de caráter e convívio social saudável.

PUBLICIDADE

A geração que nasceu pós 2010 enxerga as tecnologias quase como extensões de seu próprio corpo. É praticamente impossível dissociar suas vidas do uso desses equipamentos. Por lá, é possível brincar, aprender e viver realidades virtuais, conhecer pessoas, viajar para qualquer lugar, tornar-se produtor de conteúdo. Mas como fazer com que os filhos não mergulhem somente nas máquinas?

Horta é uma das atrações da Estação de Brincadeiras
Foto: Felipe Couri

Parques, aulas coletivas e espaços recreativos tornam-se boas válvulas de escape que ainda despertam a vontade das crianças. Dialogar com os pequenos é a melhor forma de conhecer suas aptidões e curiosidades, e dessa forma, conseguir captar se a preferência é por um curso de ilustração ou basquete, por exemplo. No entanto, o tempo do ócio e da livre brincadeira é essencial para que a criança não tenha, desde cedo, uma agenda lotada de atividades extras obrigadas a cumprir. O Planeta Criança, que fica dentro do Santa Cruz Shopping, é um dos lugares de Juiz de Fora que têm proposto experiências diversificadas para além das telas. Nesta terça-feira, 15, será inaugurada a Ilha de Brincadeiras, no segundo andar do estacionamento, pensado para crianças de 3 a 12 anos.

PUBLICIDADE

Camila Garcia, que coordena as atividades, conta que as crianças poderão pintar em telas e levá-las para casa, também irão aprender a plantar, a fim de criar suas próprias hortas. haverá ainda pequenas ilhas de pintura facial, escultura com balão, fábrica de catavento em papel, mesas com massinha e livros de colorir, espaço-cozinha para aprender a fazer brigadeiro e cookies, e ainda um lugar para ensinar a pintar as unhas. Os responsáveis são esperados, para que, junto aos filhos, participem e engajem nesses momentos de construção.

Liberdade e criatividade

Mãe de Manuela, 4 anos, Rayanne Liguori, 22, se dedica a sair para passear com a filha, incentivando o contato com outras crianças. Ela costuma levar Manuela ao Planeta Criança ao menos uma vez na semana. “Notei que ela estava ficando muito no celular e acabava se fechando ainda mais. Ela pode usar, mas fico controlando, deu uma hora, eu pego”, conta a mãe. Esse também é o conselho da terapeuta Milena, que diz que o uso excessivo começa lá pelos 5 anos, próximo à alfabetização.

PUBLICIDADE
Rayanne brinca com a filha Manuela no Planeta Criança

É preciso que os responsáveis tenham criatividade para inventar brincadeiras e permitir que as crianças abusem desse “brincar” fora das telas. Ensinar a fazer um bolo, descer para brincar na rua ou condomínio, chamar amigos em casa e ver um filme são atividades simples que devem fazer parte da vida dos pequenos. “O brincar é importante no desenvolvimento infantil, não somente em relação à interação social, mas também no contato com o contexto em que ela vai estar inserida: um shopping, um parque ou a casa de colegas”, observa Milena. Cada lugar da cidade possui seus códigos de comportamento, dessa forma, participar, interagir, estar na rua, tudo isso é importante para que a criança cresça, naturalmente, ocupando esses espaços.

Jô leva a filha Maria para brincar no Planeta Criança, com diversas atrações no Santa Cruz Shopping Foto: Felipe Couri

Ao contrário de muitas crianças, Júlia Maria, 3 anos, não liga para smartphones e tablets. Sua mãe, Jocilea Oliveira, 40, a Jô, como é conhecida, é tatuadora, por isso Júlia está crescendo em um ambiente rodeado de pessoas, enquanto fica na companhia de seus pais no ambiente de trabalho. Além disso, quando perceberam que ela estava com atitudes egoístas, decidiram colocá-la em ambientes de convivência com outras crianças. Como ainda não vai à escola, todos os dias, brinca também no Planeta Criança, do Santa Cruz Shopping. “Ela não gostava de dividir suas coisas, e esses espaços fizeram com que ela brincasse com outras pessoas de sua idade e percebesse que não é o centro das atenções”, conta a mãe. Outra iniciativa foi deixar que a filha brinque livremente, sempre incentivando a criação e a imaginação. Em sua casa, ela tem um quarto de brincadeiras, onde a regra é fazer bagunça: pode colorir, pintar, desenhar e colar até nas paredes.

PUBLICIDADE
Exit mobile version