Uma nova e desafiadora temporada foi iniciada pelo JF Vôlei. Adversários, elenco, treinador, casa, praticamente tudo é novo para a equipe local, que, mais uma vez, praticamente recomeça do zero. Com o título invicto ano passado na Superliga B, a vaga na elite da modalidade esteve garantida por alguns meses, até que a direção da equipe revelou à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) as dificuldades em garantir o custeio necessário para disputar a principal competição nacional.
Em função da pandemia, aquele elenco que fez história ao vencer todos os 12 jogos disputados chegou, saiu e nem pôde ser apresentado ao torcedor, impedido de comparecer ao ginásio devido às restrições impostas no combate à Covid. Acabou que Matheus Celestino, Paolinetti, Pillan, Viller, Leonam, Dayan e cia. fizeram a temporada dos sonhos sem poder desfrutar do feito. Poderiam ainda estar em Juiz de Fora, disputando a Liga A assegurada por eles, mas, valorizados pelo acesso e comunicados pela situação orçamentária, não restava outra alternativa a não ser buscar espaço em outros clubes.
A UFJF, que chegou a dar nome ao time por alguns anos, mas que não permitiu o mando das partidas em 2021, cedeu lugar à UniAcademia como centro de treinamento e ginásio oficial da equipe. Marcos Nascimento, o Marcão, estudioso que montou o qualificado elenco do ano passado, agora treina, pela primeira vez, uma equipe de elite: o Goiás Vôlei.
Ciclos e mudanças, naturais até, vão se refazendo. Sem outra alternativa, coube à diretoria do JF Vôlei abrir mão de tudo aquilo que deu certo, sem dispensar, contudo, algumas premissas básicas, como a transparência e a responsabilidade financeira do projeto.
Certamente, não estar na Superliga, com a vaga assegurada, entristece a quem enxerga com bons olhos o dedicado trabalho realizado. Mas a vitória diante do Minas Náutico na estreia da competição de acesso faz renovar a torcida e a expectativa pelo desenrolar do torneio. O cenário podia ser melhor, mas, diante de tantos percalços, a persistência é honrosa.