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Saudades do que vivi

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Um apito. Bastou um sinal sonoro na quadra de vôlei de praia montada em Saquarema (RJ), na bolha da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), chegar aos meus ouvidos para bater uma nostalgia dos tempos de viagens atrás dessas competições. A cada batida na bola e nos gritos dos poucos presentes ao evento realizado no último fim de semana, o peito apertava. Na sequência da programação dominical na TV, ainda teve EMS Taubaté Funvic x Montes Claros América Vôlei, pelas quartas de final da Superliga Masculina. Ao acompanhar a classificação da equipe paulista, do oposto juiz-forano Felipe Roque – cada dia chamando mais atenção pelas suas ótimas exibições -, o desejo era de reviver os áureos tempos em que o acanhado Ginásio da UFJF era tomado pela calorosa torcida do JF Vôlei. De chegar um pouco mais cedo, já ver a fila de carros disputando espaço no estacionamento da Faefid e, depois de adquirido o ingresso, entrar pelos fundos do ginásio e sentar bem atrás do banco de reservas das equipes. Essa possibilidade de estar ali, pertinho dos jogadores, muitos de seleção brasileira, era um dos momentos mais aguardados do fim de semana. Se o time visitante era um galático, tal como a equipe de Taubaté, estar ali tinha sabor ainda mais especial.

 

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Hoje, os sempre talentosíssimos animadores de torcida do vôlei de praia têm o árduo trabalho de tentar, sem público, dar a mesma emoção às etapas, que viviam sempre com arquibancadas cheias de gente com camisas amarelas do Banco do Brasil. Na quadra, nosso JF Vôlei, com uma campanha inédita de nove vitórias em nove jogos na Superliga B, classificação para as semifinais e a apenas três vitórias para voltar à elite do voleibol brasileiro, só pode ter sua fiel e apaixonante torcida vibrando de longe, nas transmissões via internet. Quis o destino que, após temporadas e temporadas aguardando por uma sequência como a deste ano, o ginásio fique em silêncio. E quiseram as autoridades sanitárias da cidade que nem jogar no município de origem o grupo pudesse, nas restrições de combate ao vírus causador de toda essa situação.

Quanta saudade do que já vivi. Basta, então, ouvir um apito para nutrir a expectativa de que o passado volte a se fazer presente.

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