Terá abertura amanhã os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. Os mesatenistas Alexandre Ank e o nadador Gabriel Araújo são os locais na disputa, que procede a um Pan muito positivo para Juiz de Fora.
Refazendo as contas publicadas na última coluna, agora com todas as devidas medalhas de Larissa Oliveira, que obteve sete no total – recorde para uma nadadora brasileira na história da competição, o que rendeu a ela o título de “Miss Pan” -, se JF fosse um país, teria terminado na 18ª colocação no quadro de medalhas, entre 41 nações. Ao todo, foram dois ouros (da pugilista Bia Ferreira e de Larissa Oliveira), duas pratas (ambas de Larissa), e seis bronzes (Felipe Roque, do vôlei; Thiagus Petrus, do handebol; e outras quatro da nadadora). Campanha superior a Uruguai, Paraguai, Bolívia e Costa Rica, por exemplo.
Do ponto de vista crítico, em relação ao que Poder Público e empresas oferecem aos atletas, as conquistas são majoritariamente do mérito dos atletas do que do município. Dos quatro medalhistas no Peru, todos atualmente vivem e treinam fora de Juiz de Fora.
Mas, curiosamente, o incentivo que muitas vezes falta ao esportista vem para a cidade através dele mesmo, que, através de sua conquista, acaba, de alguma forma, projetando sua terra natal e trazendo uma autoestima para os conterrâneos, incluindo os jovens, que têm uma referência esportiva “dentro de casa”.
Com Alexandre Ank e Gabriel Araújo, o saldo local em Lima pode ser ainda maior. E a alegria em dizer – e escrever – que eles são juiz-foranos também.