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Celebremos Branco

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O ano era 1994. Naquela Copa dos Estados Unidos, Brasil e Holanda disputavam as quartas de final do campeonato. Jogo em que a famosa celebração de Bebeto ninando o filho Mattheus foi eternizada. Jogo em que Branco, que substituía Leonardo, também se consagrou com a lendária cobrança de falta que selou a classificação da seleção às semifinais.

Quase 30 anos depois e o ex-lateral-esquerdo da seleção canarinha voltou à cena nos últimos dias. Não por nenhuma celebração envolvendo aquele Mundial; não por algum projeto novo na carreira; não por alguma entrevista polêmica. Mas por ter travado, por quase 20 dias, uma disputa à parte. Diagnosticado com Covid-19, o herói do tetra se viu entre a vida e a morte, precisando ser intubado para combater à doença.

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Vírus contraído durante viagem da delegação das seleções de base da CBF até Recife que contagiou, ao menos, quatro profissionais da entidade.

Jovem que é, no auge de seus 56 anos, Branco foi mais um entre as dezenas de milhares de brasileiros infectados durante o trabalho. Ao considerar o futebol essencial, deslocamentos como o da equipe brasileira expõem jogadores e comissões técnicas ao risco de contrair o vírus. E ligam o alerta de que nem mesmo fama, bom plano de saúde e histórico de atleta garantem a imunização. De Branco, o ex-lateral se viu como Cláudio Ibraim Vaz Leal, seu nome de anonimato, no prontuário médico de onde ficou hospitalizado na Zona Sul do Rio.

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Em tempos tão difíceis, com sucessivas perdas, ver um tetracampeão mundial – daquela que talvez seja a última das grandes seleções brasileiras -, perder a batalha para a Covid-19 seria um golpe duro demais para os nostálgicos torcedores. Quis o destino, Deus ou alguma força superior – como queiram – que o ex-camisa 6 se recuperasse. Teve alta, foi justamente homenageado pela CBF e celebrou a vida, aquela quase perdida no leito de UTI e a que chega com o aniversário celebrado bem no dia da saída do hospital, no domingo de Páscoa.

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Em sua trajetória de vida, Branco acumula a conquista de uma Copa do Mundo e a vitória diante do coronavírus. Alegria dele e nossa. Tal como em 94.

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