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Djokovic estaria dando uma carteirada?

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Enquanto escrevo este texto, no meio da tarde de quarta-feira, a Austrália está prestes a entrar na manhã do dia 6 de janeiro. E um assunto movimentou o dia no país e no mundo: o sérvio Novak Djokovic foi barrado no aeroporto, em Melbourne, por não apresentar um comprovante de vacina contra a Covid-19 – o tenista apresentou uma autorização de exceção, mas o documento que explicaria o motivo pelo qual ele não pode ser imunizado não teria justificativa plausível e foi negado. Alguns sites também apontam que o atleta, sob alegação de já ter tido a doença há cerca de seis meses, considera desnecessário receber as doses.

Com 90% da população australiana imunizada, a regra para disputar o Australian Open, além dos ranqueamentos de praxe da modalidade, é de que os atletas apresentem o passaporte vacinal ou passem por uma quarentena de 14 dias. Djoko estaria sem nenhuma dessas prerrogativas, e o Governo prometia fazer cumprir a determinação nacional.

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Que o sérvio, além de talento, apresenta um carisma inigualável para abrilhantar o torneio, não resta dúvidas. Obviamente que o aberto perde muito com a ausência do número 1 do mundo. Mesmo que cientistas, autoridades em saúde e a sociedade em geral enxerguem o imunizante como o caminho para acabar com a pandemia, Djoko, ainda sim, tem o direito de pensar o contrário e defender que uma vacinação forçada seria atentar contra sua liberdade individual. No entanto, da mesma forma, as autoridades australianas, do ponto de vista legal, têm ferramentas suficientes para retê-lo no aeroporto.

Estaria Djokovic, já envolvido em um evento realizado para não vacinados, querendo dar uma carteirada nos australianos? Por ser um astro do esporte mundial, valeria a pena autorizar sua presença no torneio? Ou abrir uma exceção para o tenista seria um mau exemplo e até mesmo uma injustiça com tantos cidadãos comuns impedidos de viajarem – ou até mesmo entrarem em determinado local dentro de seus próprios países?

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Mais uma polêmica para o simpático Djoquinho. E uma nova dor de cabeça para o esporte, que ainda viverá sob a sombra da Covid-19.

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