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A volta da camisa 12

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Há pouco tempo já vemos as arquibancadas pela Europa preenchidas com torcedores para acompanhar as partidas da Liga dos Campeões, como ontem e hoje, além das ligas nacionais, sobretudo aos finais de semana. É fato que o ambiente muda, o jogo é beneficiado em emoção, tensão, ritmo e muito mais.

Mas nada se compara ao torcedor brasileiro. Se o futebol apresentado no Velho Continente é muito superior ao do sul-americano, o inverso é verdadeiro na energia dos fanáticos pelos clubes do nosso futebol que já podem acompanhar seus times do coração in loco.

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O que senti ao ver os vascaínos de volta a São Januário na segunda-feira me fez relembrar o quão lindo é o futebol. O time passa por um de seus piores momentos na história – ou o pior – e recebe um apoio incondicional e apaixonante daqueles que, verdadeiramente, são Vasco da Gama.

O que dizer, então, dos rubro-negros no Maracanã? A atmosfera é fantástica. O casamento entre a torcida do Flamengo e o Maracanã já empurrava o time mais popular do Brasil quando possuía elenco formado por atletas de nível inferior aos de hoje. O que dirá, então, nos últimos anos, desde o comando de Jorge Jesus, em que temos visto uma hegemonia comemorada por milhares em estádios de todo o Brasil.

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É impossível não se emocionar. Mas falo do torcedor de verdade. Não aqueles criminosos que vestem a camisa do Santos e armaram emboscada para Diego Tardelli. Tampouco aqueles que sobrecarregaram as redes sociais de Isla com críticas que iam muito além do simples desgosto pelas atuações do lateral flamenguista.

Importante ressaltar, ainda, que infelizmente nenhuma norma de combate à pandemia é respeitada nas arquibancadas. Ao mesmo tempo em que há um show de canções e, aos poucos, os torcedores voltam a viver de perto suas grandes paixões, o desrespeito aos protocolos – previsível -, é gritante.

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Mas entendo que, em número limitado, como tem ocorrido, já é hora do retorno. Já sofremos demais com perdas familiares, de ídolos, de quase 600 mil brasileiros. Hora de recuperar um pouco as alegrias como vestir a camisa do seu clube; de sofrer, agora, pelos gols perdidos e derrotas no fim; ou se emocionar pelos títulos, triunfos e, mais que isso, pela retomada gradual com uma valorização do que realmente importa: saúde e experiências com quem e com aquilo que ama.

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