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Uma nota, Minas?

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Quando o assunto é a idolatria mediante o comportamento e a exposição de ideologias dos atletas, há, basicamente, na minha visão, dois tipos de torcedores. Existem aqueles que entendem que a admiração passa também pelos posicionamentos fora das quatro linhas ou do ambiente de trabalho do esportista e outros que preferem canalizar seu carinho somente ao desempenho.

Há um tempo, já cheguei a pensar que o que era feito fora dos campos, das quadras, das pistas não era da minha conta. Hoje não. Às vezes, chego a pegar um ranço de celebridades do esporte que insistem em promover atitudes negacionistas ou até mesmo sendo indiferentes quanto aos assuntos mais relevantes de nossa sociedade e que impactam, diretamente, na formação de jovens que os acompanham como verdadeiros heróis.

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E falando de herói, eis o exemplo mais recente de um jogador que, em sua profissão, é diferenciado – tanto que é central da seleção brasileira, mas, infelizmente, parece que apenas em quadra. Quando o assunto fica sério, no que se refere à diversidade e igualdade de gênero, ele parece não entender a diferença entre liberdade de expressão e preconceito.

Recentemente, Maurício publicou em seu Instagram a imagem que tem circulado no mundo do novo Super-Homem, Jonathan Kent, filho de Clark Kent, que é mundialmente conhecido dos HQs da DC Comics como um “modelo masculino”. Joe é bissexual e aparece beijando outro homem nos quadrinhos, fato que incomodou o grande jogador de vôlei, que divide espaço na seleção com atletas da comunidade LGBTQIA+. “Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”, postou. E Maurício teve posicionamento endossado por Wallace, Sidão e outros. Voltou a reforçar seu posicionamento, inclusive, dizendo que “este é o lado certo” para ele e que defenderia suas crenças.

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Enquanto os patrocinadores do Minas Tênis Clube, equipe de Maurício Souza, emitiram notas condenando a atitude, o time de BH também foi às redes. Mas fez pouco. “O Clube é apartidário, apolítico e preocupa-se com a inclusão, diversidade e demais causas sociais.Não aceitamos manifestações homofóbicas, racistas ou qualquer manifestação que fira a lei. A agremiação salienta que as opiniões do jogador não representam as crenças da instituição. O Minas pondera que já conversou com o atleta e tem orientado internamente sobre o assunto”, afirmou a instituição.

E foi isso. Nem afastamento nem multa salarial ou seja lá o que for. Desta forma, os posicionamentos devem permanecer. Ponto positivo foi para a torcida, a Independente, que se manifestou de forma totalmente contrária à atitude do central e disse que não vai comemorar seus pontos nem gritar seu nome.

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