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O sonho do apito final

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O campeonato mais difícil da história do clube teve largada em março de 2020. Inédito e inesperado, em um calendário surpreendente e letal, o certame pegou a massa em choque. Seja naqueles que acompanhavam em um assento na frente da televisão ou nas arquibancadas de grandes palcos esportivos, todos os mais de 200 milhões de torcedores foram pegos de surpresa.

Cem por cento dos torcedores não previam tamanha tristeza que estaria reservada em toda a temporada. Confusos em como defender a camisa verde e amarela, usando-a como pele de forma genuína _ esquecendo ideologias políticas historicamente relacionadas às cores -, cabia aos milhões e milhões recorrerem ao mandatário da administração para entender como ajudar diretamente na sobrevivência de seu clube.

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O desenho na prancheta foi claro e direto desde o início. Os estudos do adversário e a ciência ficaram para trás. Um ano depois, e muitos ainda preferem sentir o sangue ferver por um gol de título do que se recolher no campo defensivo e esperar, pacientemente. E, então, fazer um caldeirão de pressão pelo investimento nas táticas comprovadamente efetivas em neutralizar o ataque do inimigo mais poderoso já visto, mesmo que em um contra-ataque dividido em dois tempos, começando pelos setores mais frágeis da equipe

Um ano depois, e o cenário só piora. Os rebaixamentos são sucessivos. O 7 a 1 virou saudade. Ao menos podíamos torcer, sofrer com coisas pequenas. Chorar por futebol. Um ano depois, e a temporada, que podia ser enxuta, mas de fim previsto, como a do futebol brasileiro, é estendida de forma cruel.

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Um ano depois, e parte dos adeptos ainda nega uma das maiores crises já testemunhadas na história. Nem mesmo a forçada intertemporada parece acalmar os ânimos de parte irreconhecível do que deveria ser uma torcida. Diante disso, o pesadelo não acaba. E os verdadeiros apaixonados pela nação sofrem profundamente. E sonham com o apito final.

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