Nesse vai e vém do mercado do futebol brasileiro, durante todo o ano passado ou mesmo neste intervalo inexistente entre as temporadas 2020 e 2021, muitos nomes conhecidos dos torcedores juiz-foranos foram envolvidos em negociações ou especulações.
Perdi a conta de quantas pessoas comentaram em grupos de futebol ou diretamente comigo sobre a justa ascensão de jogadores que recentemente passaram pelo Carijó. “Lembra dele no Tupi? Saudade…”, na maioria das vezes.
Veja o centroavante Renato Kayser, campeão do interior pelo Tupi em 2018. Profissional que sempre vi valorizar a oportunidade de fazer o que ama, que respeitou o preto e branco carijó – algo que ficou raro nas últimas competições -, e agora colhe tudo o que plantou defendendo o Athletico-PR. Se for apoiado por um meio-campo de qualidade nesta temporada, vai brigar pela artilharia do Brasil.
E o sul-coreano Chico, do Atlético-GO? Após quase subir para a Série B com o Galo em 2014, naquele ótimo time comandado por Léo Condé, só cresceu de rendimento. Esforçado, faz todas as funções na linha de três meias no popular 4-2-3-1. Tem boa recomposição e qualidade técnica razoável, assim como sua bola parada. No time do Dragão, veloz nas transições e ciente das limitações, foi destaque.
Se Chico quase subiu à Segundona nacional, Felipe Augusto conseguiu o feito pelo Tupi. O atacante polivalente que passou por aqui em 2016 foi reserva na temporada espetacular do América-MG de Lisca em 2020, entrando em muitos jogos. Pelo desempenho, acabou contratado pelo Cruzeiro, onde começa 2021 no onze titular. E poderia falar de muitos e muitos outros. Vina e Saulo, no Ceará, não posso deixar de citar. Vinícius Kiss, Sidimar… certamente vou me esquecer de muitos. Olha o Max, no Flamengo. O Wesley, do Atlético-MG, que chegou a ser utilizado por Sampaoli no último Brasileirão.
É um carinho diferente que acabamos tendo com estes jogadores, mesmo sem conhecê-los pessoalmente. E o Tupi com isso? Lucro zero. Hoje começa o 11º Congresso Brasileiro de Gestão do Esporte, organizado pela UFJF e realizado on-line de forma gratuita. Uma chance para gestores dos times da cidade acompanharem. Infelizmente duvido do interesse. E seguimos na saudade, como no milagre do acesso em 2015.